Estudo mostra que probabilidade de melhores resultados na taxa de prenhez são conseguidos aos 52 dias
Por Juarez Tomazi Filho, médico veterinário, mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Santa Catarina (UDESC) e supervisor técnico da SIA (Serviço de Inteligência em Agronegócios); Rogério Ferreira, professor do Departamento de Zootecnia da UDESC; e Luiz Francisco Pfeifer, pesquisador da Embrapa Rondônia.
O mercado de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) continua crescendo ‒ atingiu a marca de 21 milhões de protocolos em 2020 ‒, mas, a despeito da realização de diversos estudos nos últimos anos, a eficiência da técnica se manteve na casa dos 50% de taxa de prenhez.
Nas fazendas, geralmente os protocolos de IATF começam a ser implementados a partir de 30 dias após o parto e, consequentemente, as vacas são inseminadas de 9 a 11 dias após o início do protocolo. Apesar de esse manejo ser uma prática comum na maioria das propriedades usuárias da técnica, poucos estudos avaliaram o impacto de diferentes intervalos entre o parto e a IATF sobre a taxa de prenhez.
Pensando nisso, foi desenvolvido um estudo com o objetivo de determinar o momento ideal após o parto para inseminar vacas de corte através da IATF e ter maior taxa de prenhez no protocolo. Esse trabalho ‒ uma parceria da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) com a Embrapa Rondônia ‒ utilizou animais zebuínos e taurinos de diferentes regiões do Brasil.
A conclusão é que início mais tardio do protocolo pós-parto ‒ seja para animais zebuínos seja para taurinos ‒ aumenta significativamente a taxa de prenhez das matrizes, maximizando, assim, os resultados da IATF.