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Revista DBO

Uma COP não tão ruim para o Brasil

Na opinião de Sérgio De Zen, o País saiu melhor do que entrou na conferência mundial do clima, realizada em Glasgow, na Escócia

Bovinos respondem por 80% das emissões de metano, mas total da agropecuária brasileira ocupa menos de 3% no mundo.

Por Moacir José

Após 12 dias de negociações, envolvendo 200 países, o resultado final da COP 26 – a 26ª Conferência das Partes, também conhecida como Conferência do Clima das Nações Unidas, realizada em Glasgow, na Escócia, entre 1º e 12 de novembro, pode não ter agradado aos mais ambiciosos, mas o Brasil não sai tão arranhado quanto se supunha.

Essa é a avaliação do agrônomo e mestre em economia aplicada, Sérgio De Zen, ex-diretor-presidente da Fealq (Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz), que por muitos anos esteve à frente do Cepea/Esalq.

Para ele, que é atual diretor de Política Agrícola e Informações da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), ligada ao Ministério da Agricultura, o desmatamento causa enormes danos à agricultura brasileira, que “não conseguiu, ao longo da história, mostrar que a tecnologia disponível, somada a muita eficiência, é capaz de oferecer alimentos de qualidade a baixo custo, podendo aumentar ainda muito mais essa oferta”.

De Zen acredita que a COP deste ano – embora tenha começado com um clima pesado e apostas de fracasso do Brasil – teve alguns ganhos para o agro brasileiro. Por um lado, o compromisso do País de reduzir a emissão de gases afeta a pecuária, mas, por outro, “ganhamos a continuidade dos fóruns de discussão da produção agrícola”, como o Koronivia Joint Work on Agriculture, que aponta o setor como parte da solução do problema climático.

De Zen, diretor de política agrícola da Conab.

“Os europeus, frágeis nos argumentos da produção de alimentos, buscam outras formas de discutir a questão. As apostas de produzir proteínas em laboratório, por exemplo, carregam o problema de dispender muita energia, que, por sua vez, no caso deles, é proveniente de fontes fósseis, emissoras de gases”, argumenta.

Observador da movimentação das negociações em torno das conferências sobre clima, De Zen acredita que há uma espécie de “mistura” entre conceitos técnicos (do ponto de vista ambiental) e comerciais (defesas de interesses econômicos das nações).

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