Conteúdo: 19/08/2021

Nova ruziziensis é opção para a ILP

Fruto de mais de 15 anos de trabalho, a BRS Integra produz 20% mais do que a cultivar da mesma espécie disponível no mercado e produz mais forragem na seca

Nova cultivar foi desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite, mas ainda não tem data para chegar ao mercado.

Por Ariosto Mesquita

Imagine uma Brachiaria ruziziensis com potencial para produzir 20% mais massa forrageira do que a cultivar da mesma espécie hoje usada na pecuária (a Kennedy) e que ainda possibilite prolongar o tempo de pastejo na entressafra, quando falta alimento para o gado. Estes são justamente os atributos da BRS Integra, com lançamento previsto para breve.

Fruto de mais de 15 anos de trabalho dentro do Programa de Melhoramento de Forrageiras da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora, MG), ela foi desenvolvida para ampliar o leque de opções da espécie no mercado e, como o próprio nome indica, será excelente opção para sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP).

O certificado de proteção da nova cultivar foi expedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no dia 21 de março deste ano e seu lançamento depende apenas da disponibilidade de sementes, atualmente em processo de multiplicação pelas empresas participantes da Unipasto (Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras).

Ela está validada para uso, inicialmente, no bioma Mata Atlântica, mas estudos já foram estendidos às unidades da Embrapa em Goiás e no Mato Grosso do Sul, visando sua indicação para plantio também no Cerrado, bioma que a Embrapa entende concentrar maior demanda de uso por reunir maiores áreas de integração lavoura-pecuária.

Na avaliação sob pastejo (com rebanho leiteiro), realizada no campo experimental da Embrapa em Coronel Pacheco (MG), entre dezembro de 2017 e novembro de 2019, as duas ruziziensis apresentaram potenciais produtivos semelhantes durante os meses chuvosos (medido entre novembro e abril). A diferença à favor da Integra surgiu nos meses mais secos (maio a agosto). A média de massa seca de forragem nesse período ficou em 3.785 kg/ha (Kennedy) e 4.561 kg/ha (Integra).

A nova cultivar também se destacou em massa de folhas, produzindo média de 1.837 kg/ha contra 1.352 kg/ha da Kennedy. Considerando-se essas duas variáveis, a diferença à favor da Integra é de 20,5% e de 35,8%, respectivamente.

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Água na medida certa

Calcular o consumo dos bovinos ajuda tanto no manejo do rebanho quanto na gestão dos recursos hídricos da propriedade e na preservação ambiental

Em sistemas de abastecimento canalizados, é possível colocar hidrômetros para verificar se os animais estão recebendo água na quantidade recomendada.

Por Larissa Vieira

Você sabe dizer, com precisão, qual a quantidade de água consumida por seu rebanho? Essa é uma informação importante, não apenas para avaliar o desempenho animal, mas para a sustentabilidade do negócio pecuário. “Sem água não há como produzir. Precisamos pensar na água como um recurso finito, que tem custo e deve ser bem administrado, especialmente em momentos de crise hídrica como o atual”, alerta Julio Palhares, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste que há 25 anos estuda o uso da água na pecuária, recomendando boas práticas e calculando as “pegadas hídricas” das cadeias da carne e do leite no País.

No último levantamento realizado, constatou-se que o Centro-Oeste, região com a maior população bovina do Brasil, direciona 29,6% da água captada para abastecimento animal. No Sudeste, esse volume é de 19,7%. Os Estados que mais usam água com essa finalidade são Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás, destacando-se os municípios de Cáceres (MT), São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS). Dentre as espécies animais, os bovinos são os que mais consomem: 88%.

Importância do hidrômetro

Esses números reforçam a importância da gestão hídrica na pecuária. O primeiro passo é calcular o consumo, instalando hidrômetros na fazenda. “Esse aparelho barato, fácil de instalar, possibilita ao produtor planejar com segurança várias ações, como por exemplo a ampliação do rebanho”, explica o pesquisador. O ideal, segundo ele, é ter um hidrômetro para cada tipo de uso da água e fazer leituras semanais ou, no máximo, mensais, calculando o volume consumido no período.

Essa prática é adotada desde 2015 pelo pecuarista Antônio Ricardo Sechis, da Agropassion Pecuária Integrada, com fazendas em São Paulo e Mato Grosso do Sul. Projetando ampliar o rebanho nos próximos anos, ele vem modernizando o sistema de captação e distribuição de água de suas propriedades. No município de Cassilândia, divisa de Goiás com o MS, fica sua fazenda de recria a pasto. Lá, Sechis reestruturou todo o sistema hidráulico, para passar das atuais 3.000 para 8.000 cabeças nos próximos dois anos, e ainda fazer lavoura de soja e milho safrinha.

Sechis aumentou o reservatório para 800.000 litros e instalou hidrômetros em diversos pontos, para medir o consumo de água dos animais. Além disso, montou quatro pivôs para múltiplo uso.

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