Conteúdo: 21/10/2021

Vacinas da brucelose e das clostridioses não vão bem juntas

Estudo mostra que animais vacinados ao mesmo tempo contra as duas doenças apresentaram menor nível de anticorpos contra o Clostridium

Pesquisa constatou que apenas 16,6% dos animais que receberam as vacinas juntas tiveram boa imunidade contra a pior das clostridioses, o botulismo.

Por Renato Villela

Vacinar bezerras, ao mesmo tempo, contra brucelose e clostridioses não é recomendável. A conclusão é de um estudo conduzido pela Escola Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pela Escola Veterinária da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora, MG.

Sandra Gesteira Coelho, professora da UFMG.

O trabalho comparou o impacto de diferentes estratégias de vacinação sobre o consumo de alimentos pelos bovinos, seu ganho de peso e sua resposta imune. O resultado foi muito interessante e acendeu um pisca-alerta: houve nítida redução no valor médio de proteção contra a enterotoxemia e o botulismo, duas das principais clostridioses que atacam o rebanho. “Isso é preocupante e indica a necessidade de se rever o protocolo de vacinação das fêmeas”, afirma Sandra Gesteira Coelho, professora da UFMG.

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Segundo ela, a ideia de fazer o experimento surgiu em função das queixas de produtores de que os animais paravam de se alimentar e, consequentemente, perdiam peso após o manejo vacinal. Nesses relatos, não foram especificadas quais vacinas eram aplicadas. “Ao ouvir os depoimentos, ficamos preocupados, já que a vacina protege animais e humanos; decidimos, então, fazer a pesquisa para avaliar o impacto do imunizante”, diz.

Segundo a professora, a decisão de quais vacinas usar no estudo foi tomada em função da importância tanto da brucelose (cuja vacinação é obrigatória), quanto das clostridioses, que causam sérios danos à pecuária.

“Na maioria das fazendas do País, esses imunizantes são ministrados juntos, para facilitar o manejo. Queríamos saber se essa prática era adequada ou poderia ser essa fonte dos transtornos relatados pelos pecuaristas”, explica Sandra.

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Controlando pragas que atacam pastagem – parte 3

No terceiro e último artigo sobre controle de pragas em pastagens, o zootecnista Adilson Aguiar põe foco exclusivo no combate às cigarrinhas

Cigarrinhas das pastagens nas formas adulta (nas folhas). Foto: Embrapa

Por Adilson de Paula Almeida Aguiar –  Zootecnista, professor em cursos de pós-graduação do Rehagro e das Faculdades Associadas de Uberaba (Fazu); consultor associado da Consupec (Consultoria e Planejamento Pecuário), de MG, e investidor nas atividades de pecuária de corte e leite.

Neste terceiro e último artigo sobre pragas de pastagens, vamos nos concentrar na principal delas: as cigarrinhas, com destaque para as espécies Aeneolamia selecta, Deois flavopicta, D. incompleta, D. schach, Notozulia entreriana (típicas de gramíneas forrageiras) e Mahanarva fimbriolata, M. posticata e M. spectabilis, que são dos canaviais, mas também atacam capins. As cigarrinhas possuem três fases de vida: ovo, ninfa e adulto, este último responsável pelos maiores danos.

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Controlando pragas que atacam pastagem – parte 1
Controlando pragas que atacam pastagem – parte 2

As plantas atacadas apresentam aspecto “queimado”, em função das substâncias tóxicas injetadas pelos insetos. Os principais prejuízos observados são: redução na produção de forragem e no crescimento das raízes; queda no valor nutritivo da forragem e aumento de até 60% na presença de invasoras. Nenhum método de manejo ou controle isoladamente é eficaz, sendo recomendada a adoção do manejo integrado de pragas (MIP), que inclui o uso de cultivares resistentes, práticas preventivas e culturais como descrito a seguir:

Gramíneas resistentes – São consideradas resistentes às cigarrinhas do gênero Deois spp (típicas de pastagens) as cultivares Humidícola comum, Mulato 2, Massai, Mombaça, Tamani, Tanzânia e Zuri. Os capins Marandu, MG4, Piatã, Xaraés, Dictyoneura, Aruana e gramas do gênero Cynodon sp são moderadamente resistentes a esses insetos, enquanto o Paiaguás, o B. decumbens e o B. ruziziensis são susceptíveis.

Já os capins humidicola comum, Aruana, Massai, Tamani, Tanzânia e Zuri são classificados como resistente às cigarrinhas do gênero Mahanarva sp; o Marandu, MG4, Mulato 2, Dictyoneura, gramas do gênero Cynodon sp e Mombaça, moderadamente resistentes, e a Paiaguás, Piatã, Xaraés, B. decumbens e a B. ruziziensis, susceptíveis.

Há que se avaliar criticamente essas classificações, porque a resistência geralmente é específica, ou seja, um determinado genótipo pode ser resistente a uma determinada espécie de cigarrinha, mas, na mesma condição, ser suscetível a outras espécies. Por isso, a orientação é evitar monocultivos, para minimizar os danos causados pelas cigarrinhas.

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