Por Fábio Moitinho, da redação DBO
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) promoveu na manhã desta segunda-feira (3/8), seu tradicional congresso. Oito mil pessoas do Brasil e do mundo acompanharam pela internet as discussões deste ano em três painéis. O tema central foi as lições para o agronegócio do futuro.
Nove painelistas debateram o compromisso socioambiental do agro brasileiro, as oportunidades diante da crise global, as novas dinâmicas do mercado, em época de pandemia, e a evolução do sistema de crédito do rural. Segundo, os conferencistas, o País está literalmente nas nuvens com mais volumes de crédito, seguro rural e preços de commodities bem valorizadas.
“Anos espetaculares são o novo normal na agricultura”, diz Pedro Fernandes, diretor de Agronegócios do Itaú BBA.
“Já tivemos um ano recorde na renda do produtor na safra 2019/2020, quando falamos em grãos. Se olharmos a relação de troca para a próxima safra, percebemos poderá ser melhor ainda, salvo algum acidente climático”.
Fernandes foi um dos painelistas para falar da evolução de crédito e seguro rural, junto com Fábio Zenaro, diretor de Produtos Balcão, Commodities e Novos Negócios da B3 e Ivandré Montiel da Silva, presidente da BrasilSeg.
Para Silva, outro grande sinal é o crescimento do seguro rural voluntário em comparação as apólices obrigatórias. Para ele o que mais comprova isso é a alta dos volumes dos subsídios do governo, que são exclusivamente para seguros voluntários. O total de subsídios saiu de R$ 450 milhões, em 2019, foram para R$ 950 milhões, em 2020, e, agora, é de R$ 1,3 bilhão no Plano Safra 2020/2021.
“O produtor já percebeu valor de contratar o seguro rural”, diz Silva. “Nos últimos dois anos, entre 2019 e 2020, as seguradoras pagaram de sinistro R$ 3,6 bilhões de indenizações.”
O evento foi conduzido pelo Marcello Brito, presidente do Conselho Diretor da Abag e contou com participantes como Tereza Cristina, ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Galvão, embaixador do Brasil junto à União Europeia, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, Celso Luiz Moretti, presidente da Embrapa e Roberto Rodrigues, coordenador do GVAgro da Fundação Getúlio Vargas.
Clique aqui e confira na íntegra os debates. A DBO é mídia oficial de apoio ao congresso.