Ao longo do ano de 2020, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) empenhou-se em contribuir com a Embrapa para a elaboração de uma proposta para expansão do trigo para a região do Cerrado brasileiro. A associação foi informada de que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apoiava e sinalizava dar prioridade ao projeto.
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Recentemente, chegou ao conhecimento da Abitrigo, com surpresa, que o Mapa não priorizou o projeto e ele não foi aprovado. A entidade lamentou a decisão, sem conseguir entender a razão do “mais importante componente da alimentação dos brasileiros” não tomar a vanguarda dos projetos de expansão da política agrícola nacional, destacou a associação em comunicado à imprensa.
“Encaminhamos na semana passada um ofício ao Mapa solicitando, em nome do interesse nacional, a revisão das prioridades dos projetos, recentemente apresentados pela Embrapa. Solicitamos que esse assunto volte a ser prioridade, visando a expansão do trigo no Cerrado brasileiro, uma ação que, aos olhos da Abitrigo, é imprescindível para reduzir a vulnerabilidade nacional, referente à dependência do País do trigo internacional para abastecer o mercado interno”, diz o presidente-executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa.
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Para a Abitrigo, o cereal é uma das vulnerabilidades do Brasil, acentuada pela pandemia, como foi possível notar ao longo dos acontecimentos de 2020. A associação entende que o País não pode continuar a depender de importações para atender a quase 60% de seu consumo interno. “Isso representa uma falha grande na segurança alimentar para a sociedade nacional”, diz o comunicado.
O Brasil, mesmo sendo um grande produtor agrícola mundial, tem o trigo como o único grão importado. Apesar de possuir grande diversidade alimentar, o País ainda tem no trigo sua principal fonte energética, respondendo por 18% das necessidades da população brasileira, superando o arroz e o feijão.
Fonte: Ascom Abitrigo