Ações de frigoríficos sobem, mesmo com vendas à China suspensas pela ‘vaca louca’

A interrupção das exportações foi decidida após serem identificados dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) Atípica em Mato Grosso e Minas Gerais

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As ações de frigoríficos operam em alta nesta segunda-feira, 6, mesmo após o Ministério da Agricultura anunciar, no sábado, 4, a suspensão temporária das exportações de carne bovina do Brasil para a China.

A interrupção das vendas foi decidida após serem identificados dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) Atípica, conhecida como “mal da vaca louca”, em Mato Grosso e Minas Gerais.


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O avanço dos papéis ocorre porque as empresas têm reafirmado que seguirão atendendo à demanda.

O frigorífico Minerva, por exemplo, informou que continuará atendendo a China por meio de quatro plantas de abate localizadas no Uruguai e Argentina, sem comprometer a participação de mercado e relacionamento com clientes.

Além disso, a empresa acrescenta que realiza exportações para a China por meio das unidades de Barretos (SP), Palmeiras de Goiás (GO) e Rolim de Moura (RO).

Já o frigorífico Marfrig informou que possui, na América do Sul, treze plantas habilitadas para a China, sendo sete no Brasil, quatro no Uruguai e duas na Argentina.

No acumulado dos primeiros seis meses do ano, as exportações brasileiras da Marfrig para o mercado chinês representaram 5,6% da receita líquida consolidada.

No período da manhã, as ações do Minerva subiam 2,31%, Marfrig ON ganhava 1,27% e JBS ON – que conta com unidade nos Estados Unidos – tinha alta de 1,86%.

Em comunicado, o Marfrig afirmou que, em virtude de os dois casos de EEB identificados em animais em Minas Gerais e Mato Grosso serem considerados atípicos, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) “deveria manter inalterado o status do Brasil”, de risco insignificante, “encerrando o episódio”.

“O tratamento que vem sendo dado ao caso comprova a eficiência e a transparência dos mecanismos brasileiros de rastreabilidade e de controle sanitário”, afirmou a companhia no documento.

No sábado, após o ministério anunciar a suspensão das exportações, Lygia Pimentel, diretora da consultoria Agrifatto, avaliou que a situação deveria se normalizar em 10 a 20 dias.

A especialista explicou que, por protocolo, quando casos da doença são identificados em território brasileiro, as autoridades competentes precisam comprovar laboratorialmente a origem da doença.

“No primeiro momento, isso ocorre em laboratórios domésticos, mas depois é necessária uma contraprova em um laboratório internacional autorizado pelo comprador, neste caso, a China”, afirmou.

A interrupção dos embarques ocorreu de maneira voluntária pelo Brasil, até que os resultados sejam analisados e todas as questões sejam esclarecidas, comenta Pimentel.

Como os casos do mal da “vaca louca” foram reportados pelo Ministério da Agricultura como atípicos, ou seja, quando o problema foi sido desenvolvido dentro do próprio organismo do animal, sem risco de contaminação, o restabelecimento das exportações é uma questão de tempo, disse.

“Quando sair o resultado de todos os testes, o Brasil deve escrever um ofício e enviar para os chineses entenderem o que aconteceu e, na sequência, com as explicações aprovadas, o mercado volta a ser liberado”, disse a especialista da Agrifatto.

Ela acrescentou que os negócios devem se normalizar de forma rápida, uma vez que a China ainda tem uma alta necessidade de importar carne brasileira em meio ao aumento dos relatos de casos de peste suína africana no país.

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Soma-se a isso, o gargalo deixado no mercado internacional pela restrição das exportações de carne argentina, outro importante fornecedor de proteína animal para os chineses.

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