Nesta quarta-feira, o mercado físico do boi gordo registrou uma nova rodada de alta entre algumas das principais praças pecuárias do Brasil, informa a IHS Markit.
“Em quase todo o País, a chegada de lotes de animais terminados nos confinamentos permitiu uma posição mais confortável por parte das indústrias”, destaca a consultoria, acrescentando que as escalas de abate evoluíram e atualmente atendem, em média, sete dias. Mesmo assim, com o avanço da oferta, os preços da arroba seguem firmes e não deve haver espaço para ajustes negativos no curto e médio prazos, prevê a IHS Markit.
Porém, os preços altos dos animais de reposição, que atingem patamares recordes neste ano – além do aumento nos custos com a nutrição animal – continuam interferindo nas decisões de alojar mais animais nos confinamentos nos próximos meses, o que deve manter apertada a oferta de gado para abate. “Ao longo dos próximos meses, a oferta de gado deve se manter abaixo da demanda, sustentando as cotações da boiada gorda firmes em todo o Brasil”, acrescenta a consultoria.
Demanda pela carne
No atacado, as cotações dos principais cortes bovinos ficaram estáveis nesta quarta-feira. O ritmo do escoamento de carne das prateleiras dos supermercados e atacados se mostrou mais lento, cenário esperado para o período de segunda quinzena do mês, informa a IHS Markit.
Apesar da demanda retraída, os preços firmes têm suporte na oferta também reduzida em função dos abates regulados nas indústrias, observa a consultoria.
Giro pelas praças
Nesta quarta-feira, os ajustes positivos na arroba se concentraram nas praças da região Norte e Nordeste do País, de acordo com levantamento diário da IHS Markit.
No Tocantins, a oferta restrita de animais tem emplacado forte pressão altista nas cotações. Os preços voltaram a registrar ajustes positivos no dia de hoje.
No Pará, para conseguir comprar matéria prima, os frigoríficos também tiveram que pagar mais caro pela arroba da boiada gorda.
Na Bahia, o mercado do boi gordo se mantém sob forte viés altista. Houve registro de negócios efetuados a R$ 236/@ para o boi gordo e R$ 227/@ para a vaca gorda (praça Feira de Santana), os maiores preços entre todas as praças produtivas do País, compara a IHS Markit (veja abaixo as cotações atuais nas principais praças pecuárias do País).
Confira as cotações desta quarta-feira, 19 de agosto, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 229/@ (prazo)
vaca a R$ 215/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 217/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (à vista)
MS-C. Grande:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 219/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 206/@ (prazo)
vaca a R$ 194@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 207/@ (prazo)
vaca a R$ 194/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 210/@ (prazo)
vaca a R$ 200/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 205/@ (à vista)
vaca a R$ 195/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 200/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca R$ 212/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 222/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 218/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 216/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 227/@ (à vista)
RS-P.Alegre:
boi a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 225/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 225/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 222/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 225/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 207/@ (à vista)
vaca a R$ 197/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 207/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 212/@ (à vista)
vaca a R$ 198/@ (à vista)