Boi gordo: preços continuam estacionados na maior parte das praças pecuárias brasileiras

Mercado segue sem tendência definida; em algumas regiões, como no Norte e Nordeste, além de áreas do Centro-Oeste, a pressão pela queda da arroba é mais acentuada, observam analistas

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Com poucos negócios reportados nesta quinta-feira, 9 de junho, os preços do boi gordo se mantiveram estáveis na maioria das praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Segundo dados da Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, a referência para o boi, vaca e novilha levados ao abate segue em R$ 297/@, R$ 272/@ e R$ 292/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).


Bovinos com destino à exportação, o chamado boi-China (abatidos mais jovens, geralmente com idade abaixo de 30 meses) são negociados por R$ 305/@ no mercado paulista, acrescenta a Scot.

De acordo com apuração da IHS Markit, as condições de mercado apresentam panoramas diferentes nas regiões do País.

Nesta quinta-feira, diz a consultoria, foi possível observar que, no curto prazo, as eventuais altas na arroba do boi gordo devem ser moderadas nas regiões Sudeste e Sul do País, apesar da oferta de animais gordos começar a ficar cada vez mais escassa nessas praças pecuárias.

Por sua vez, continua a IHS, no Centro-Oeste, há relatos de que, diante da estiagem que avança na região, muitos pecuaristas ainda continuam ofertando com maior intensidade os seus animais terminados a pasto, desova típica do início da temporada fria e seca.

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Dessa maneira, muitas indústrias frigoríficas do Brasil seguem alongando as suas escalas de abate diante da oferta positiva, porém os preços da arroba registram certa estabilidade, influenciados, em parte, pela retomada às compras por parte de algumas unidades frigoríficas que estavam ausentes do mercado devido às suspensões recentes de exportação à China.

Nesse ambiente de diferentes condições de mercado, o destaque fica para as regiões Norte e Nordeste, onde muitos frigoríficos ainda optam por permanecer ausentes dos negócios, devido às escalas de abate alongadas (há registros de programações que já avançam operações para julho), diz a IHS.

Sendo assim, no Norte/Nordeste, a oferta positiva de animais resulta em maior pressão aos preços, combinado com a fraca demanda dos frigoríficos que operam nesses Estados.

No entanto, afirmam os analistas da IHS, pecuaristas que ainda podem efetuar a retenção de animais, optam por aguardar melhores condições de preços, o que anula as condições de baixa, porém, consequentemente, também anula o viés positivo.

Deve-se destacar ainda que, nas regiões Norte e Nordeste, há atualmente uma fraca (quase nula) demanda por vacas, o que justifica os recuos de preços observados pela IHS Markit em Rondônia, nesta quinta-feira, com a fêmea negociada em Cacoal saindo de R$ 240/@ para R$ 235/@.

“Como essa categoria de animal tem maior escoamento para o mercado doméstico, cuja demanda pela carne bovina continua patinando, os frigoríficos optam por não demandar essa classe, pressionando negativamente os preços”, ressalta a IHS.

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Neste momento, observa a consultoria, o mercado do boi gordo aguarda os dados compilados das exportações de carne bovina em maio, bem como o acompanhamento da performance nesta primeira semana de junho.

Servidores públicos da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) continuam em greve, o que deve atrasar, por tempo indeterminado, os relatórios de acompanhamento das vendas externas do setor.

No mercado atacadista, os preços dos principais cortes bovinos registraram avanços nesta quinta-feira, 9 de junho.

Essas alterações positivas, apesar de ainda não ocorrerem de forma generalizada, já eram aguardadas pelo mercado, afirma a IHS.

“Os ajustes ascendentes são fundamentados diante do reequilíbrio entre a oferta de carne”, relatam os analistas.

De modo a estabelecer melhores relações de estoques nos entrepostos e câmaras frigoríficas da cadeia de distribuição e varejo, o setor se absteve das compras nas últimas semanas, o que ocasionou recuo nas cotações naquele momento, relembra a IHS.

A partir de agora, portanto, deve-se esperar fracas movimentações de reposição de estoques, já que o consumo doméstico não ganha tração, acrescenta a consultoria.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta quinta-feira, 9 de junho
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca R$ 265/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 250/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

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