Nesta quinta-feira (23/9), os preços do boi gordo ficaram estáveis nas praças paulistas, conforme apuração da Scot Consultoria.
Assim, o animal terminado segue cotado a R$ 302/@, enquanto a vaca gorda e a novilha gorda valem R$ 281/@ e R$ 299/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), informa a Scot.
De acordo com dados da IHS Markit, a semelhança dos primeiros dias da semana, o volume de negociações no mercado brasileiro do boi gordo seguiu cadenciado nesta quinta-feira.
“Os poucos e isolados reportes envolveram lotes pequenos visando cobrir alguma lacuna nas escalas de abate entre as poucas indústrias que estão ativas nas compras de gado”, observa a IHS.
Porém, na prática, diz a IHS, os negócios com boiadas gordas são fechados atualmente a preços mais firmes em algumas praças do País, “fato que anula a pressão baixista ocasionada pelas incertezas geradas pela paralisação voluntária das vendas à China” (após a confirmação de dois casos atípicos de “vaca louca” (Encefalopatia Espongiforme Bovina-EEB) no Brasil).
Em linha com a análise da IHS, a Scot Consultoria também relata uma certa acomodação dos preços da arroba.
“A pressão de baixa já foi maior nas últimas semanas e atualmente o mercado está mais equilibrado, no cenário geral”, destaca a Scot.
Do lado de dentro das porteiras, afirma a IHS, os pecuaristas continuam relatando dificuldades em lidar com os elevados custos com nutrição animal.
“A oferta de insumos é enxuta e os preços seguem elevados”, informa a consultoria.
Recorrer a outros tipos de concentrados e volumosos segue sendo a opção para garantir o peso dos animais, visto que os pastos continuam com baixa capacidade de suporte, acrescenta a IHS.
No mercado futuro da B3, os contratos do boi gordo interromperam uma sequência de três dias consecutivos de alta, fechando a sessão de quarta-feira (22/9) em baixa.
Segundo o analista Hyberville Neto, da Scot Consultoria, normalmente, o último trimestre é de valorizações, tanto para a carne, como para o boi gordo.
“Mesmo com inflação crescente e desemprego ainda alto, temos indicadores, como os de confiança do empresário do comércio e do consumidor (CNC), apontando para um final de ano melhor para o escoamento doméstico”, avalia Neto.
No atacado, os preços dos principais cortes bovinos vão resistindo à pressão mais ativa de baixa pelos compradores, visto que o volume de ofertas não mostra excedentes expressivos em função da redução dos abates decorrente da paralisação de algumas plantas frigoríficas, informa a IHS Markit.
“Em resumo, o ambiente de negócios não sugere espaço para grandes oscilações positiva ou negativa, ao menos no curtíssimo prazo”, aponta a IHS.
Os preços do couro e do sebo industriais também seguem acomodados, depois das altas acumuladas nos últimos dias.
Cotações máximas desta quinta-feira, 23 de setembro, segundo dados da IHS Markit: