Depois de registrar desvalorização de R$ 10/@ ao longo desta semana, os preços do boi gordo ficaram estáveis nesta sexta-feira na praça paulista, na comparação com o dia anterior, informa a Scot Consultoria.
“Os frigoríficos pressionaram o mercado ofertando R$ 5 a menos por arroba, travando os negócios no último dia útil da semana”, acrescenta. Dessa maneira, segundo apurou a Scot, o boi gordo continua apregoado em R$ 260/@ em São Paulo, valor bruto e à vista.
Das 32 praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 14 abriram a sexta-feira ofertando preços menores pelo boi gordo, em relação aos valores registrados na quinta-feira. A tendência baixista no mercado pecuário é atribuída ao ritmo menor das exportações brasileiras de carne bovina, associado ao escoamento lento da proteína no mercado interno.
No entanto, segundo avaliação da IHS Markit, diante da ausência de vendedores e compradores de boiadas, há indícios de que a trajetória de baixa da arroba começa a perder intensidade. Nesta sexta-feira, relata a consultoria, ainda houve alguns reportes de negócios efetivados a valores mais baixos, sobretudo naquelas localidades onde há plantas frigorificas que conseguiram preencher suas escalas de abate para depois do Natal. Porém, modestas variações positivas também foram observadas em algumas regiões pecuárias (veja no final deste texto os preços dos machos e fêmeas desta sexta-feira nas principais áreas de pecuária do País).
Na opinião da IHS, a frustração dos frigoríficos gerada pela inconsistência das vendas de carne bovina no mercado interno neste período do ano fez com que muitas indústrias repensassem suas estratégias de compra de gado. Esta é uma época de aumento de consumo da proteína animal, devido à entrada de dinheiro do décimo terceiro salário e também pela aproximação do período festivo.
“Além de reduzir consideravelmente a capacidade de abate das plantas industriais, algumas unidades optaram por focar os abates em lotes oriundos de contratados a termo fixado antecipadamente ou de confinamentos próprios, o que serviu para diminuir a necessidade de compra imediata”, relata a IHS.
No entanto, em algumas praças pecuárias, indústrias voltaram pontualmente às compras nesta sexta-feira, oferecendo até mesmo preços mais atrativos para estimular maiores vendas por parte daqueles pecuaristas que ainda possuem lotes remanescentes. “Plantas frigoríficas de médio e pequeno porte chegaram até a ajustar positivamente as suas referências de preços para as fêmeas diante da melhor relação custo-benefício para indústria”, ressalta a IHS.
Giro pelas praças
Pelo levantamento da IHS Markit, em São Paulo, o preço do macho voltou a cair nesta sexta-feira, mas os valores das fêmeas seguem firmes.
Semelhantemente, nos Estados do Pará e Tocantins, as indicações de compra para fêmeas reagiram, impulsionadas pela maior procura de algumas indústrias que enxergam uma melhor vantagem operacional nestas negociações, informa a IHS.
Em outras praças, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, houve tímidas variações negativas nos preços do boi gordo. No entanto, relata a IHS, o mercado pecuário nessas regiões mostra sinais de que já tenha atingido um piso de resistência.
Em Goiás, por exemplo, as indicações de preços bateram o patamar mínimo de R$ 250/@, mas houve frigoríficos pagando hoje R$ 260/@, a prazo para descontar Funrural.
Estabilidade no atacado
Após as quedas do dia anterior, o mercado atacadista da carne bovina voltou a operar com preços estáveis. Na avaliação da IHS Markit, as baixas recentes nas cotações da proteína, aparentemente, serviram para destravar os negócios e gerar um fluxo mais regular no escoamento.
De certa forma, observa a consultoria, as atenções estão voltadas para o comportamento dos preços da arroba nas próximas semanas, visando entender se a trajetória de baixa será interrompida no curto prazo, abrindo 2021 com um mercado do boi gordo mais firme.
Confira as cotações desta sexta-feira, 11 de dezembro, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 235/@ (à vista)
MS-C. Grande:
boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 237/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 250/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 248@ (prazo)
vaca a R$ 240@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 251@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 249/@ (prazo)
vaca a R$ 240/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 247/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 247/@ (à vista)
vaca a R$ 237/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 254/@ (prazo)
vaca R$ 243/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 245/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 255/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 254/@ (prazo)
vaca a R$ 244/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 251@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 243@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 251/@ (à vista)
vaca a R$ 243/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 232 (à vista)
vaca a R$ 223/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 247/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)
