Em julho último, pela primeira vez na história, os embarques mensais brasileiros de carne bovina (in natura e industrializada) superaram a marca de R$ 1 bilhão, informa nesta quinta-feira, 5 de agosto, a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Em valores exatos, as vendas externas do mês passado geraram receita de US$ 1,011 bilhão, com forte avanço de 30,2% sobre o resultado obtido em julho de 2020, de US$ 776,5 milhões.
Em volume, porém, as exportações de proteína vermelha recuaram 1% em julho, para 192.544 toneladas, ante 194.120 toneladas obtidas em igual mês do ano passado.
No acumulado de janeiro a julho deste ano, os embarques de carne bovina somaram 1.072.551 toneladas, uma queda de 3% em relação ao volume computado no mesmo período de ano passado, de 1.103.133 toneladas, informa a Abrafrigo.
Na mesma base de comparação, entretanto, o faturamento subiu 9%, para US$ 5,096 bilhões, ante US$ 4,687 bilhões acumulado dos setes meses de 2020.
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Maior cliente – A China continua sendo, disparado, o principal cliente da carne bovina brasileira. Porém, em julho, as importações chinesas recuaram 4%, para 110.637 toneladas, frente as 115.186 toneladas de julho de 2020 – nessa estática, a Abrafrigo contabilizou também as compras realizadas por Hong Kong.
No acumulado até julho, as importações chinesas já alcançam 630.552 toneladas, ligeiro recuo de 0,56% sobre a quantidade registrada em igual intervalo de 2020, de 634.138 toneladas.
A associação representante dos frigoríficos brasileiros também destaca o bom desempenho dos embarques direcionados aos Estados Unidos, que vêm aumentando paulatinamente as suas importações de carne bovina brasileira, consolidando-se com o segundo maior cliente do produto brasileiro.
No acumulado dos primeiros sete meses deste ano, os norte-americanos compraram 52.962 toneladas (4,9% do total exportado), um avanço de 93,2% sobre 27.420 toneladas registradas no mesmo período de 2020. Em base idêntica de comparação, a receita saltou de US$ 186,2 milhões em 2020 para US$ 393,8 milhões em 2021, um crescimento de 111,5%. Em julho os EUA compraram 10.580 toneladas.
O Chile aparece na terceira posição no ranking dos maiores importadores de carne vermelha do Brasil, com 48.832 toneladas importadas até julho, um crescimento de 22,9% sobre mesmo período do ano passado.
Na quarta e quinta colocações, aparecem o Egito, com 32.932 toneladas (queda de 56,3% sobre os primeiros sete meses de 2020), e as Filipinas, com 32.642 toneladas (elevação anual de 54,3%). No sexto e sétimo lugares estão os Emirados Árabes, com 25.530 toneladas (+14,7%), e a Arábia Saudita, com 22.074 toneladas (-20,3%).
Neste ano, 80 países ampliaram as suas aquisições de carne bovina brasileira, em relação ao mesmo período de 2020, e outros 76 reduziram os embarques, segundo a Abrafrigo.