Os frigoríficos têm tido cautela nas negociações com os pecuaristas para evitar o acúmulo de estoques, informa nesta sexta-feira a consultoria Agrifatto.
Diante desse cenário, as escalas de abate estão mais curtas e os preços do boi gordo seguem estáveis nas principais praças pecuárias.
São Paulo, Mato Grosso e Goiás são os Estados com as programações de abate mais longas, com média em 7 dias úteis, segundo a Agrifatto.
Ontem (25/jul), o indicador Esalq/B3/Cepea ficou em R$ 153,20/@, alta de 0,49% no comparativo diário.
Na bolsa de mercadorias B3, o contrato para outubro/19 foi o mais negociado do dia, fechando em R$ 159/@, com recuo de R$ 0,25 ante o fechamento anterior.
Seca incentiva maior desova de animais
Nas regiões pecuárias do Centro-Sul do Brasil, a forte seca vem inviabilizando a retenção dos animais em fazendas de cria, o que explica o aumento de ofertas no mercado de reposição, sobretudo de bezerros “anelorados”, relata nesta sexta-feira a Informa Economics FNP.
Segundo a consultoria, os preços das categorias de reposição seguem firmes, sustentados pelo aumento da demanda por parte dos recriadores e invernistas.
Essa maior procura é incentivada principalmente pela melhoria na relação de troca entre o gado gordo e lotes de animais para engorda, de acordo com a FNP.
O suporte aos preços é relatado em regiões do Mato Grosso e Minas Gerais, com diversas negociações de bezerros fechadas acima do preço de referência, informa a consultoria paulista.
“Em geral, a valorização do boi gordo no Centro-Sul pode incentivar um posicionamento mais agressivo dos recriadores/invernistas nas compras, e assim, os preços podem eventualmente sofrer novas altas para as semanas subsequentes”, prevê a FNP.