China pode recusar carne já embarcada, gerando um “problema da ordem de US$ 600 milhões”, diz analista

Segundo Leandro Bovo, diretor da Radar Investimentos, a arroba do boi brasileiro vale atualmente US$ 49/@, valor que amplia ainda mais a defasagem em relação aos valores obtidos pelos demais fornecedores mundiais de carne

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A novela em relação à China segue se arrastando e, infelizmente, cada novo capítulo sem uma solução final causa maior apreensão e prejuízo a todo o setor produtivo, analisa o médico veterinário Leandro Bovo, sócio e diretor da Radar Investimentos, de São Paulo.

Segundo ele, a preocupação maior do setor produtivo agora “nem é mais quando a China retomará as compras, mas qual será o destino do gigantesco volume embarcado em setembro que começará a chegar lá nas próximas semanas”.


“A sinalização atual é de que a China não aceitará cargas embarcadas após 4 de setembro (dia da suspensão das exportações ao país asiático) e isso implica dizer que teremos provavelmente mais de 100 mil toneladas de carne à procura de um destino se não forem aceitas por lá”, alerta Bovo. “Para termos a dimensão do tamanho do problema, considerando o preço médio da tonelada exportada para China ao redor de US$ 6.300, a ordem de grandeza do problema é ao redor de US$ 600 milhões”, acrescenta.

Analisando o preço em dólares, calcula o diretor da Radar, a arroba do boi brasileiro vale atualmente US$ 49/@, valor que amplia ainda mais a defasagem em relação aos valores obtidos pela commodity pelos países exportadores.

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Com um problema desse tamanho nas mãos, continua ele, fica difícil imaginar outra atitude da indústria brasileira que não seja tentar aproveitar o momento de “excesso” de oferta para impor recuos no mercado físico.

“Além de estarmos bem baratos em relação aos nossos pares da exportação, o boi gordo agora está muito barato até em comparação com a venda da carne no atacado”, avalia Bovo.

Segundo ele, a venda do boi gordo nos preços atuais representa “um grande prejuízo aos pecuaristas e é óbvio que todos vão tentar de todas as maneiras minimizar esse problema”.

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“Uma vez que essa concentração de oferta seja absorvida pelo mercado, os fundamentos de oferta e demanda voltarão a prevalecer, retomando o equilíbrio entre as forças”, acredita Bovo.“Ajudaria muito se a carne no varejo caísse na mesma proporção para incentivar o consumo”, acrescenta.

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