A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira, 17 de janeiro, seu primeiro levantamento da produção brasileira de café em 2019. De acordo com a instituição, a bienalidade negativa das lavouras deve pressionar os resultados deste ano na comparação com 2018, com produção entre 50,48 milhões e 54,48 milhões de sacas – queda de 18,1% a 11,6% na comparação com o ano passado.
Desse montante, são esperadas entre 36,12 milhões e 38,16 milhões de sacas do grão arábica, representando queda entre 23,9% e 19,6% na comparação com a safra passada. Para o conilon, a produção estimada pela Conab ficou entre 14,36 milhões e 16,33 milhões de sacas, representando aumento de 1,3% a 15,2% na comparação com 2018.
A área total cultivada no país com café esperada pela Conab este ano é de 2,16 milhões hectares, equivalente à cultivada em 2018. Desse total, estima-se um total de 84 milhão de hectares (85,3%) em produção, recuo de 1,2% ante o ano passado. De acordo com a Conab, é normal que os produtores aproveitam a bienalidade negativa das lavouras para realizar tratos culturais, reduzindo a área em produção.
Do total plantado, 80,7% da área deve ser ocupada pelo café arábica, retração de 0,4% (6,7 mil hectares) em relação à safra passada. Minas Gerais mantém-se como a maior área com a espécie, 1,21 milhão de hectares, correspondendo a 69,6% da área ocupada com café arábica no país. Já para o café conilon, a estimativa é de aumento de 1,7% na área plantada, para 415,9 mil hectares, sendo o Espírito Santo o Estado com maior área (261,5 mil hectares).
Com isso, estima-se que a produtividade das lavouras brasileiras de café fique entre 27,4 e 29,58 sacas por hectare, queda de 17,1% a 10,6% em relação à safra passada. Segundo a Conab, essa redução deve ocorrer em quase todas as principais regiões produtoras e reflete justamente a bienalidade negativa desta temporada. Para o Arábica a estimativa é que a produtividade se situe entre 24,67 e 26,06 sacas por hectare (queda de 22,2% a 17,8%). No caso do conilon, o órgão espera desde queda de 1,5% na produtividade, para 38 sacas por hectare, a um aumento de 11,9%, para 43,2 sacas por hectare, impulsionado pelas boas condições climáticas dos últimos dois anos no Espírito Santo.