Corrida pelo gado exportação faz boi chegar a R$ 260 em SP

Frigoríficos precisam pagar mais aos pecuaristas para garantir retorno de caminhão cheio de boiada, com unidades já dando férias coletivas por causa da enorme escassez de animais

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Nesta terça-feira, 6 de outubro, o valor máximo do boi gordo negociado em  praças de São Paulo bateu a casa dos R$ 260/@, a prazo, conforme apurou a IHS Markit. O aumento reflete o aquecimento de demanda – sobretudo por parte de plantas habilitadas para exportação –, diante de um quadro de grande escassez de oferta de boiadas prontas.

O movimento de alta no mercado físico contamina os preços futuros do boi gordo. “A pressão que a oferta restrita tem repassado ao mercado físico é claramente sentida nos vencimentos futuros”, destaca a consultoria Agrifatto. Na segunda-feira (5/10), o contrato do boi com vencimento para maio/21 teve valorização diária de 5% na B3, subindo para R$ 253/@. Os contratos a termo com vencimento em janeiro/21 também subiram fortemente, encerrando o primeiro dia da semana em R$ 270,30/@, de acordo com informações da IHS Markit.


Além da forte demanda internacional, o consumo doméstico de carne bovina registra leve melhora neste início de mês, motivada pelo pagamento dos salários aos trabalhadores. “Diante da dificuldade para preencher as programações de abate, os frigoríficos aumentaram os valores oferecidos no gado gordo”, relata a IHS Markit. No entanto, reforça a consultoria, a quantidade de boiada disponível no mercado não é suficiente para atender a demanda vigente, e há registro de plantas frigoríficas que entraram em férias coletivas por conta da escassez de gado.

Segundo a IHS, além do período de entressafra de “animais de capim”, essa lacuna na oferta de boi gordo tem suporte na menor quantidade de animais de reposição no País, reflexo do aumento do abate de fêmeas em anos anteriores. Além disso, o quadro de insegurança gerado pela pandemia de Covid-19 e também o encarecimento da ração animal desmotivaram a alojamento de animais nos confinamentos.

Imea acompanha escalas de abate no MT

No início do ano, com a baixa demanda comum para o período, as escalas de abate das indústrias frigoríficas do Mato Grosso estavam mais longas, relatam os analistas do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim pecuário semanal divulgado nesta terça-feira. Em janeiro/20, a média das programações de abate foi de 6,91 dias. Em fevereiro/20, as escalas atingiram o pico (até agora) de 2020, batendo 7,05 dias, o que indicava um cenário confortável para a compra de animais.

Porém, com a crise do novo coronavírus e a queda na oferta de bovinos, em março/20 houve recuo mensal de 17,24% nas programações de abate, ficando em 5,84 dias. Em abril, o cenário foi ainda pior, com o menor patamar do ano: escalas de apenas 5,22 dias.

Mais recentemente, em setembro, continua o Imea, a oferta de gado ainda não deu sinais de forte recuperação e as escalas seguiram em decréscimo mensal, agora de 8,27% e média de 6 dias. “Para os próximos meses, há indícios de uma constante do atual cenário, uma vez que a disponibilidade de animais segue restrita, o que, inclusive, poderá ser um movimento atípico para o período”, prevê o Imea.

Confira as cotações desta terça-feira, 6 de outubro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 260/@ (prazo)
vaca a R$ 242/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 248/@ (à vista)
vaca a R$ 238/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 248@ (prazo)
vaca a R$ 238@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 242/@ (prazo)
vaca a R$ 233@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 245@ (prazo)
vaca a R$ 232/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 244/@ (prazo)
vaca a R$ 232/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 240/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 225/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 247/@ (prazo)
vaca R$ 236/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 252/@ (prazo)
vaca a R$ 239/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 250/@ (prazo)
vaca a R$ 239/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 222/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 205/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 252/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 250@ (prazo)
vaca a R$ 244/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 249/@ (prazo)
vaca a R$ 242/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 255/@ (prazo)
vaca a R$ 237@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 247/@ (à vista)
vaca a R$ 235/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 240/@ (à vista)
vaca a R$ 230/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 244/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 250/@ (à vista)
vaca a R$ 233/@ (à vista)

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