Os preços de gado para reposição se mostraram mais frágeis ao longo desta semana, pressionados pela baixa liquidez e pelo crescimento na oferta de venda entre algumas praças pecuárias do País, informam os analistas da IHS Markit.
Embora a relação de troca continue vantajosa para os recriadores e invernistas, a ponta compradora não tem se mostrado tão ativa nas comercializações.
As condições climáticas adversas no Brasil são apontadas como principais fatores para a redução dos negócios.
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“Seca e períodos de estiagem em áreas da região Sul e em localidades nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul têm desestimulado os compradores”, informa a IHS.
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Paralelamente, na faixa centro-norte do País, é o excesso de umidade que prejudica o manejo de animais no campo e afasta os compradores dos negócios, acrescenta a consultoria.
Diante da menor procura, houve excesso de oferta de animais para reposição, o que contribui para a redução nas cotações.
Segundo a IHS, as quedas foram mais severas em animais mais novos (bezerros e bezerras).
Na região Sudeste, o mercado também perdeu liquidez e trabalha com ajustes negativos nos preços diante da fraca procura.
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Na região Centro-Oeste, em áreas do MS, a seca foi responsável pelo aumento na oferta local – com maior disponibilidade de animais para venda, os preços caíram.
No Mato Grosso do Sul, há relatos de negócios com bezerros e bezerras fixados a valores abaixo dos tabulados devido à dificuldade de negócios, informa a IHS.
Na região Sul do País, o mercado também segue prejudicado pela seca, visto que várias cidades no RS e PR decretaram emergência. Nessas regiões, a oferta de boiada magra aumentou, enquanto que a procura diminuiu muito, relatam os analistas.
Na região Norte, sobretudo em algumas localidades no TO e PA, a oferta de animais para reposição cresceu muito em função das fortes chuvas e áreas alagadas. Problemas com manejo de animais no campo desencadeou um forte movimento de venda entre as praças locais, informa a IHS.