Desde o início de 2022, arroba do boi gordo perde R$ 25,50 em São Paulo, informa a Scot

Movimento de baixa nas cotações encorpou em abril e maio, tendência típica para o período de início da entressafra, marcado pela maior entrega de gado para diminuir a pressão no pasto, relata a consultoria

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O começo de junho segue marcado pelas novas quedas nos preços no mercado do boi gordo, informam nesta quinta-feira, 2 de junho, as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário brasileiro.

“A dúvida agora é até onde seguirá essa pressão de baixa”, afirma o zootecnista Felipe Fabbri, analista de mercado da Scot Consultoria.


Considerando a praça pecuária de São Paulo, a referência para o boi gordo recuou 5,2% (ou R$ 16/@) em maio.

No acumulado de janeiro/22 a até maio, a arroba paulista teve queda de 8%, ou R$ 25,50/@, acrescenta Fabbri.

“O movimento de baixa encorpou em abril e maio deste ano, tendência típica para o período de início da entressafra de capim, marcado pela maior entrega de animais para diminuir a pressão no pasto”, relata o analista da Scot.

Com escalas de abate confortáveis nas praças paulistas, as cotações do boi gordo abriram a quinta-feira com queda de R$ 2/@ no comparativo diário, informa a Scot.

Para as fêmeas, os preços seguem estáveis em São Paulo.

Dessa maneira, a referência para a arroba do boi, vaca e novilha gordos está em R$ 297/@, R$ 272/@ e R$ 292/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

O valor do boi-China, abatido mais jovem (até 30 meses de idade) gira em torno de R$ 305/@ no mercado paulista, relata a Scot.

Segundo Fabbri, esse movimento de queda nas cotações do boi gordo se intensificou com as suspensões chinesas de plantas brasileiras habilitadas, além de uma demanda doméstica ainda fragilizada e o registro de geadas em algumas regiões pecuárias, o que também forçou a saída de gado.

Na avaliação da equipe de analistas da IHS Markit, as quedas nos preços da arroba em todo o Brasil deve-se ao arrefecimento na procura por animais prontos para abate em função das sucessivas ocorrências de suspensão de unidades frigoríficas brasileiras pela China, além do quadro mais confortável nas escalas de abate das indústrias.

“Paralelamente, as quedas nos preços da carne bovina no mercado do atacado também reforçaram a saída de muitas plantas frigoríficas das compras de gado”, acrescenta a IHS.

Tais fatores, continua a consultoria, ocorreram num período de maior entrada de oferta de boiada, quando as pastagens começam a se deteriorar, e o pecuarista desovando os seus lotes animais gordos, visando evitar gastos com suplementação.

Os baixos preços das proteínas concorrentes e a inconsistência do consumo doméstico reforçam ainda mais a posição de cautela dos frigoríficos, relata a IHS.

Nas últimas semanas, o fluxo das vendas externas de carne bovina brasileira também perdeu intensidade frente à dinâmica observada anteriormente, reflexo dos embargos impostos pela China.

As expectativas se voltam para uma eventual retomada do consumo doméstico de carne bovina, estimulada pela entrada dos salários nas contas dos trabalhadores, que, teoricamente, tendem a gastar mais com proteínas de maior valor, como a carne vermelha, a preferida da maioria absoluta dos brasileiros.

Outro fator de destaque na pecuária de corte, observa a IHS, é o atual aumento no número de fêmeas levadas aos ganchos dos frigoríficos. “Houve relatos de unidades frigoríficas que disseram que 30% dos animais abatidos eram fêmeas, quando no ano passado, em igual período, a representatividade da categoria girava em torno de 10%”, compara a IHS.

Além do movimento atual de descarte de matrizes, típico da época, o crescimento no número de vacas e novilhas abatidas deve-se ao enfraquecimento dos ganhos no setor de cria, atividade que segue registrando recuos nos preços do bezerro e outras categorias de reposição.

“A cadeia da carne, como um todo, precisa trabalhar com cenário de maiores garantias, como pode se observar em setores mais bem estruturados, como a agricultura”, observa a IHS.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta quinta-feira, 2 de junho
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 310/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 255/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca R$ 265/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 270/@ (prazo)
vaca a R$ 265/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 265/@ (prazo)
vaca a R$ 250/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 260/@ (à vista)
vaca a R$ 250/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 262/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 275/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 250/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

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