Indicador do boi gordo recua 5,4% em 7 dias
O Indicador do boi gordo Esalq/B3 encerrou a sexta-feira a R$ 144,85/@, à vista, praça paulista, o menor valor desde 14 de novembro do ano passado, segundo os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No período de uma semana, o indicador recuou 5,4%.
Indústria de SP oferece até R$ 3/@ a menos pelo boi gordo
Na última semana, as indústrias frigoríficas aproveitaram a suspensão da exportação para a China – por conta do caso atípico de vaca louca no Mato Grosso – para testar o mercado, relata boletim desta manhã de segunda-feira da Scot Consultoria.
Em São Paulo, a referência da arroba do boi gordo fechou a primeira semana de junho cotada em R$150,50, a prazo, livre de Funrural.
“Foram registradas ofertas de compra até R$ 3/@ menores no Estado”, relata a consultoria. “Com isso, os vendedores (pecuaristas) se retraíram e a quantidade de negócios afundou”, acrescenta.
Agrifatto vê possível reação no valor do boi no curto prazo
O valor da arroba do boi gordo pode passar por correções no curtíssimo prazo, estima relatório desta manhã da Agrifatto.
“Após as cotações caírem e a liquidez se enxugar na última semana, os preços da arroba podem reagir no mercado físico”, enfatiza a consultoria.
Segundo a Agrifatto, os frigoríficos, que testam valores bem abaixo dos praticados há 10 dias, encontram dificuldades para adquirir animais nos patamares atuais de preço.
Na ponta vendedora, continua a consultoria, pecuaristas evitam entregar animais nestes níveis de preços, fazendo com que as escalas se encurtassem na última semana.
Na média das praças levantadas pela Agrifatto, as programações de abate atendem a 6,6 dias. Em São Paulo e Mato Grosso, estão em 6,3 e 7,8 dias, respectivamente.