Demanda pode dar sustentação ao boi gordo
A virada do mês pode dar sustentação ao preço do boi gordo, que segue trajetória de queda nas últimas semanas, prevê a Agrifatto.
“O pagamento dos salários na primeira semana de junho deve aumentar o escoamento de carne bovina do atacado e pressionar as indústrias a originarem um volume maior de animais”, relata boletim desta manhã da consultoria.
No entanto, pondera Agrifatto, “a crescente oferta de animais, pela piora das condições das pastagens, pode limitar possíveis avanços da arroba”.
Indicador do boi gordo tem alta diária de 2% em SP
O indicador Esalq/B3/Cepea do boi gordo fechou a R$ 154,35/@, com valorização de 1,9% no comparativo diário. Em relação ao preço de 30 dias atrás, a arroba apresenta estabilidade.
No mercado futuro da B3, o contrato maio/19 fechou ontem em R$ 152,50/@, com alta de 0,49%. Os vencimentos junho e outubro/19 encerraram a quarta-feira em R$ 152,45/@ (+0,69%) e R$ 159,20/@ (sem variação em relação ao dia anterior), respectivamente, segundo a consultoria Agrifatto.
Diferença de preço entre traseiro e dianteiro cai 50%
A diferença de preços entre os valores do traseiro e do dianteiro do boi gordo, que era de R$ 6,32 em janeiro deste ano (no mercado atacadista da Grande São Paulo), caiu para R$ 3,07/kg nesta semana, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Com base no comportamento histórico dos preços da carne negociada em São Paulo, os pesquisadores dizem que essa diferença tende a se “estreitar ainda nas próximas semanas”.
“A diferença entre os valores do traseiro e do dianteiro tende a diminuir ainda mais, com desvalorização para o primeiro e valorização para o segundo”, enfatiza o Cepea.
Para reforçar a sua estimativa, o centro de pesquisa faz menção ao comportamento dos preços da carne bovina em 2018, 2017 e 2016. No início de 2018, a diferença entre o traseiro e o dianteiro era de R$ 6/kg, e caiu para R$ 2,7/kg no início do segundo semestre daquele ano. Nessa mesma base de comparação, em 2017, a diferença saiu de R$ 5,5/kg para R$ 2,94/kg, enquanto que, em 2016, passou de R$ 4,30/kg para R$ 1,74/kg.