Estoques de carne bovina em frigoríficos já começam a incomodar, diz analista

Paralisação temporária das exportações para a China é a principal razão; OUÇA também a avaliação do proprietário do Confinamento Monte Alegre 🎧

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Nesta quarta-feira, 29/9, chegam a 25 dias de paralisação das exportações de carne bovina do Brasil para a China por conta da confirmação de dois casos da doença atípica da vaca louca, no dia 4/9.

A paralisação, além de ter deixado muitos pecuaristas em maus lençóis, está produzindo um outro efeito preocupante: altos estoques de carnes nos frigoríficos.


Foto: Divulgação

“Os altos estoques estão causando um redirecionamento parcial para o mercado doméstico, no entanto o mercado não está conseguindo reabsorver essa parte então não está muito bonito para o mercado”, diz a médica veterinária e economista Lygia Pimentel, CEO da consultoria Agrifatto (São Paulo, SP).

Entre os efeitos desse alto estoque é a pressão por preços da arroba mais baixos. A situação, porém, não se trata de um caso isolado, segundo lembra Lygia, pois o País amargou uma experiência semelhante com a Rússia em 2017.

O fato é que na comparação mensal dos embarques para a China, de 2019 para cá, mostra o incrível apetite do maior país asiático para a carne bovina.

CONFIRA TAMBÉM | Pecuaristas falam como está sendo vender boi sem o ‘fator China’; OUÇA 🎧

Em janeiro de 2019, as exportações foram de 23,5 mil toneladas, segundo os dados do AgroStat, a plataforma do Ministério da Agricultura sobre estatísticas do comércio internacional da agropecuária brasileira.

De lá para cá, os embarques só cresceram, até chegar a marca história – para apenas um mês – de 105,9 mil toneladas, em agosto passado (confira essa evolução detalhada, mês a mês, no quadro abaixo).

Pecuarista está de olho

O pecuarista André Luiz Perrone dos Reis, proprietário do Confinamento Monte Alegre (CMA), em Barretos, SP, está de olho nessa situação, mas ainda mantém esperanças para um bom desfecho dessa história.

Foto: Divulgação

“Agora estamos num momento bastante conturbado. O mercado está extremamente estocado de carne, que seria a carne que estaria sendo destinada a China. Nesse momento de conflito de aceitação ou não dessas carnes processadas, isso faz com que se possa derramar esse alimento dentro do mercado interno, derrubando o custo da carne e atrapalhando o setor como um todo”, diz Reis.

Apesar do cenário complicado, a expectativa do pecuarista é que na semana que vem sejam efetivamente reabertas as negociações com a China, regularizando o mercado de carne no País e voltando a valorização da carne.

OUÇA a avaliação de Reis

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