História recente sugere cautela diante da nova onda de valorização da arroba, diz analista

Especialista do Rabobank relembra a história recente do mercado pecuário, quando a arroba seguiu trajetória de altas históricas até começar a cair fortemente no final do ano passado

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Em pleno período de entressafra de “boi de capim” e com uma oferta de animais prontos extremamente enxuta, os preços da arroba tendem a continuar em ritmo de alta no curto prazo. Porém, a história recente do mercado de gordo sugere mais atenção ao movimento do mercado nos próximos meses, alerta o analista de proteína animal do Rabobank Brasil, Wagner Yanaguizawa,  em podcast (“Olho no Mercado”) divulgado nesta quinta-feira (16/7) pelo banco de origem holandesa.


Yanaguizawa faz menção a um período recente da história do mercado do boi gordo, quando, em novembro/dezembro do ano passado, a arroba bateu patamares recordes, superiores a R$ 230. Naquela ocasião, o consumidor final acabou tendo de pagar a conta do aumento explosivo nos custos de aquisição da matéria-prima por parte das indústrias frigoríficas.  Na época, os valores das bandejas de carne bovina explodiram nas gôndolas de supermercados e nos açougues. A reação imediata da maior parte dos brasileiros foi não aceitar pagar os preços altos da carne bovina, partindo para proteínas mais baratas, como frango, ovos e carne suína. Como resultado desse comportamento, os valores do boi gordo começaram a cair nas praças pecuárias nos últimos meses de 2019, até estacionar ao redor de R$ 200/@ no final de dezembro, início de janeiro.

Atualmente, os preços do boi gordo oscilam na casa dos R$ 220/@ em São Paulo, pagamento a prazo, conforme dados da consultoria IHS Markit.

“Considerando agora que estamos diante de um cenário econômico mais fragilizado, quando ocorrer repasses de custos, isso pode também acabar possivelmente retraindo um pouco o consumo interno de carne bovina e, consequentemente, pressionando para cima os valores da carne bovina”, compara o Yanaguizawa, acrescentando que tal comportamento do varejo também poderá impactar negativamente os preços do boi gordo.

Um outro risco

Neste ano, também é preciso ficar atento ao risco de ocorrência de uma onda de paralisações temporárias de plantas exportadoras de proteínas ao mercado chinês, devido a casos de contaminações de Covid-19. Segundo o analista do Rabobank Brasil, caso os importadores chineses resolvam reduzir o ritmo de compras de carne bovina brasileiro, isso poderá também impactar (negativamente) o valor do boi gordo no curto prazo.

No primeiro semestre, a China elevou em quase 150% o volume de importação de carne bovina do Brasil, na comparação com igual período de 2019, obtendo, sozinha, um participação de 40% nas compras totais da commodity brasileira.

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