Indústria avalia mercado da carne antes de ir às compras

Preço do boi gordo segue firme neste primeiro dia da semana, em um cenário de oferta restrita em todo o País

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Nesta segunda-feira, as indústrias frigoríficas se mostraram cautelosas nas negociações, ainda avaliando os resultados das vendas de carne bovina no último final de semana para traçar qual estratégia de compra adotas nos próximos dias.

Segundo apurou a IHS Markit, os preços do boi gordo seguiram firme neste primeiro dia da semana, com altas pontuais em algumas praças do Norte do País, motivadas pela enorme escassez de animais prontos para abate.


No Pará, relata a IHS, o valor da arroba subiu mais um pouco nesta segunda-feira e os frigoríficos pesquisados alegaram grande dificuldade de compra de matéria prima, indicando uma possível redução nos abates ao longo da semana, para adequar a produção à disponibilidade de boiadas.

Em Rondônia, as cotações do boi gordo também subiram em meio à oferta reduzida de animais terminados. “Pecuaristas pesquisados optam pela retenção dos animais na tentativa de condicionar preços mais altos para conseguir fazer a reposição dos seus rebanhos”, informa a consultoria.

No Tocantins, os poucos negócios reportados no dia de hoje envolveram lotes de fêmeas, também efetuados a valores mais elevados.

De acordo com avaliação da IHS Markit, o cenário de oferta restrita, que se estende de forma generalizada em todo o País, é resultado do esgotamento dos animais terminados a pasto e a menor quantidade de boiada confinada – muitos lotes entraram nos cochos tardiamente, devido às incertezas geradas pelo avanço da pandemia da Covid-19.

Em algumas praças do Centro-Sul, informa a IHS, há registro de negócios envolvendo bois originados em confinamentos próprios das indústrias ou negociados a termo. Esses animais negociados pelo contrato a termo têm os valores balizados pelo indicador ESALQ/B3, fator que contribuiu para a lateralidade das cotações em praças como São Paulo e Mato Grosso do Sul, destaca a consultoria IHS Markit. O indicador, calculado a partir de uma média de preços compilados pelo CEPEA, encerrou a semana passada em R$ 224,75.  No atacado, os preços dos principais cortes bovinos ficaram estáveis nesta segunda-feira.

 

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