Nesta sexta-feira, as escalas de abate dos frigoríficos continuaram encurtadas em função da dificuldade para adquirir grandes lotes de boiada gorda, informam as consultorias de mercado.
Além disso, relata a IHS Markit, sediada em São Paulo, as indústrias têm se mantido comedidas nas aquisições, esperando os possíveis resultados das vendas de carne bovina durante o final de semana, que marca a virada do mês e, portanto, a entrada de salário na conta de parte da população – dinheiro no bolso é sinônimo de mais bife à mesa do brasileiro.
No campo internacional, as exportações de carne bovina seguem aceleradas, beneficiando os frigoríficos habilitados para embarque ao exterior, sobretudo para China, destaca a IHS. Os frigoríficos que atendem somente ao mercado interno sofreram com o estreitamento das margens – alguns operam no prejuízo, diz a consultoria paulista.
Diante da baixa oferta de boiada, os preços do boi gordo seguiram firmes nesta sexta-feira na maior parte das regiões pecuárias, com ajustes positivos pontuais em algumas praças, como em Belo Horizonte, MG. Porém, na praça mineira, poucas compras foram efetivadas, envolvendo lotes de animais machos que atendem aos requisitos internacionais, apurou a IHS.
Em São Paulo, a cotação da boiada gorda também voltou a subir hoje, se mantendo em patamares recordes para o mês – atingiu o valor máximo de R$ 229/@, a prazo, com avanço de R$ 2/@ sobre o valor da quinta-feira. “Com abates programados ainda para segunda-feira (3/8), os frigoríficos se mantêm ativos na procura pelo gado pronto para abater, sustentando os valores pagos pela arroba”, destaca a IHS Markit.
Em Goiás, o preço da vaca registrou leves ajustes positivos nesta sexta-feira. “Em função da baixa oferta de animais, os frigoríficos optam por mais negócios envolvendo fêmeas, que possui margens operacionais mais atrativas com os preços da carne”, justificam os analistas da consultoria.
No mercado atacadista, o preço do traseiro de boi voltou a subir nesta sexta-feira, atingindo o patamar de R$ 15,50/kg. Os ajustes positivos registrados nos últimos dois dias são resultado da menor oferta de cortes bovinos nos entrepostos, em função da redução dos abates nas indústrias. Como já mencionado, para este final de semana, com a entrada do mês de agosto, espera-se uma certa reação do consumo de carne nos grandes centros urbanos.
Confira as cotações para esta sexta-feira, dia 31 de julho, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 229/@ (prazo)
vaca a R$ 215/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
MS-C. Grande:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 205/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 205/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 196/@ (prazo)
vaca a R$ 185/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 197/@ (prazo)
vaca a R$ 185/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 200/@ (prazo)
vaca a R$ 190/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 203/@ (à vista)
vaca a R$ 186/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 191/@ (à vista)
vaca a R$ 181/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca R$ 203/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 212/@ (prazo)
vaca a R$ 206/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 217/@ (à vista)
vaca a R$ 202/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 220/@ (prazo)
vaca a R$ 210/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 221/@ (prazo)
vaca a R$ 210/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 222/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
RS-P.Alegre:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 213/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 220/@ (à vista)
vaca a R$ 213/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 208/@ (prazo)
vaca a R$ 200/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 208/@ (prazo)
vaca a R$ 202/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 210/@ (prazo)
vaca a R$ 198/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 214/@ (prazo)
vaca a R$ 204/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 213/@ (à vista)
vaca a R$ 203/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 194/@ (à vista)
vaca a R$ 183/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 209/@ (prazo)
vaca a R$ 197/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 208/@ (à vista)
vaca a R$ 193/@ (à vista)