A empresa de agroquímicos Adama, controlada pela holding Syngenta Group, obteve lucro líquido de US$ 47 milhões no segundo trimestre deste ano, informou a companhia na quinta-feira, 20 de agosto. O resultado representa queda de 8% ante igual período do ano passado, quando o lucro havia sido de US$ 51 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também caiu 8% na comparação anual, para US$ 163 milhões. A receita aumentou 3%, para US$ 1,036 bilhão. Segundo a Adama, a receita cresceu apesar da pandemia de Covid-19, que afetou a forma como a empresa conduz seus negócios; também houve um efeito cambial desfavorável.
A empresa destacou a depreciação do real, da rupia indiana e da lira turca no período. No segundo trimestre, o câmbio teve um impacto negativo de US$ 85 milhões sobre a receita, disse a companhia. As vendas foram puxadas por um forte desempenho em mercados emergentes, mais notadamente na América Latina, onde o grande aumento de volume compensou a depreciação das moedas locais, destacou a Adama. Na região, a receita cresceu 12,2%, para US$ 220 milhões.
No Brasil, o crescimento foi sustentado pelo clima favorável e por maiores áreas de soja e milho, disse a companhia. No segundo trimestre, a receita na China voltou a crescer (+15,6%), mostrando uma forte recuperação após os efeitos da pandemia no primeiro trimestre.
A Adama também teve crescimento sólido na região Ásia-Pacífico (excluindo a China), refletindo principalmente o desempenho na Austrália. Na Europa e na América do Norte, as vendas caíram 5,6% e 7%, respectivamente, no segundo trimestre. Em áreas centrais e do Leste Europeu, as vendas foram prejudicadas pelo clima volátil. Na América do Norte, o clima adverso para algumas culturas resultou em menores vendas, disse a companhia. Além disso, a pandemia reduziu a demanda de canais de distribuição.