Tem mais boi de qualidade sendo abatido nos frigoríficos da Minerva Foods este ano. É o que mostra o resultado do Programa de Eficiência de Carcaça (PEC) 2020, apresentado na tarde de quarta-feira (11/11). A iniciativa promove o compartilhamento de informações técnicas e tecnologias, entre os pecuaristas fornecedores do Minerva, para que eles conquistem o animal que o mercado quer: um bovino jovem, com peso, acabamento de gordura e pH de carne adequados.
Neste ano foram abatidos 237.684 animais com tais padrões, sendo 188.589 machos e 49.095 fêmeas, rendendo cerca de cinco milhões de arrobas. Fazendo uma comparação com o total abatido pela Minerva, no ano passado, 1,77 milhão de bovinos, o porcentual de qualidade chega a 13,4%.
“O número é bem significativo e tende a crescer daqui para frente”, afirma o zootecnista Fabiano Tito Rosa, diretor de compra de gado da Minerva.
No ano passado foram abatidos 99.696 bovinos de 232 pecuaristas pelo programa. O número de bovinos representou 5,6% do total abatido pelo Minerva em 2019. Além do crescimento de abate de animais com carcaça de qualidade houve um salto de 144% no número de produtores, chegando a 567 este ano.
Os pecuaristas que participaram têm propriedades nas regiões onde estão os municípios de Araguaína (TO), José Bonifácio (SP), Mirassol D’oeste (MT) e Palmeiras de Goiás (GO), onde a Minerva possui frigoríficos. O programa que está na segunda edição foi uma iniciativa conjunta da Minerva e da Phibro Saúde Animal. Este ano a Biogénesis Bagó aderiu ao programa.
Bovino de qualidade
O PEC não preconiza raça, sexo do animal ou mesmo sistema de produção. Tudo está valendo para que o produtor entregue o boi ideal ao frigorífico, no final das contas.
“Antigamente, o pessoal falava que qualidade era cobertura de gordura, mas cobertura sozinha não ganha o jogo. Quando olhamos para a exportação, por exemplo, a principal exigência hoje é sobre a idade. O ideal é eu comprar um animal jovem e com uma boa cobertura de gordura, mas se eu tiver de escolher entre um atributo ou outro, fico com o animal jovem”, explica Rosa.
Mas, para garantir que o animal saia da fazenda com o padrão desejado pela indústria há um trabalho de campo que precisa ser bem afinado, feito com os produtores parceiros da empresa. Os pecuaristas podem se inscrever, mas a seleção final fica a cargo dos organizadores do PEC. As vantagens, além de um preço diferenciado por arroba, é o compartilhamento de informações que podem servir para ajustar o manejo na propriedade.
“Com os dados passamos a contribuir, levando tecnologias adequadas ao produtor – como uma suplementação animal –, pois é ela que vai permitir que o produtor produza animais com um acabamento ideal”, diz o administrador de empresas Maurício Graziani, presidente da Phibro Saúde Animal no Brasil.
Pecuária top de linha
Do grupo dos 567 produtores que conquistaram boas classificações com seus animais, 12 chegaram à titulação ouro, prata e bronze em cada região, além de um campeão “Grand Prix”, com a melhor pontuação ponderada para o maior número de carcaças avaliadas no PEC. O prêmio máximo foi para o produtor Alaer Luiz Marques, de Palmeiras de Goiás (GO). Como reconhecimento, está marcado um encontro com todos os vencedores para fevereiro do próximo ano, em local ainda a ser definido pelos organizadores do PEC.
Confira os vencedores por região:
Araguaína (TO)
Ouro: Marcos Ermírio de Moraes
Prata: Arnardino dos Santos Gabriel
Bronze: José Marcos dos Reis
Palmeiras de Goiás (GO)
Ouro: Mariana Quinan Bittar
Prata: Thiago Mansur
Bronze: Luis Carvalho Dias Ralston
José Bonifácio (SP)
Ouro: Marisa Garcia Barros Liebana
Prata: Ernesto de Paula Guimarães Neto
Bronze: Grupo Agro Pau D’Alho
Mirassol D’oeste (MT)
Ouro: Manuel Jorge Ribeiro
Prata: Felix Greselle
Bronze: Wallace Antunes Gonçalves