O Encontro da Pecuária de Corte do Nordeste 2020 – Encorte 4.0, evento que acontece de forma online entre 28 e 30 de outubro, integra a programação da 70ª Exposição Agropecuária de Produtores e Derivados de Alagoas (70ª Expoagro Alagoas). Estão programadas 12 palestras e rodas de debates nas áreas de gestão, economia, reprodução e nutrição.
“A região tem potencial de sobra para ser a nova fronteira da pecuária de corte e de leite no País. É um diamante que está sendo lapidado”, diz Luis Caires, técnico agrícola e consultor da Caires Assessoria, de Formosa (GO), um dos palestrantes. Ele deve apresentar o estudo “Volumoso de Baixo Custo e Alta Produtividade como Estratégia para Aumentar a Produtividade na Pecuária do Nordeste”.
De acordo com Caires, “o sertanejo acredita que seca é exclusividade do Nordeste e isso não é verdade. Algumas extensões de Goiás, por exemplo, ficam até sete meses sem ver uma gota de água vinda do céu, enquanto regiões áridas do Nordeste ainda recebem uma chuvinha vez por outra nos períodos mais críticos de estiagem.”
A Integração Lavoura-Pecuária é um modelo que precisa ser incentivado, segundo o consultor. Números recentes do IBGE mostram crescimento da pecuária nordestina. De acordo com a mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal (com dados de 2019), apesar de ser apenas o quarto maior, dentre as cinco regiões, o rebanho bovino do Nordeste foi o que mais cresceu no Brasil em relação a 2018: 2,88%, saindo de 27,8 milhões de cabeças para 28,6 milhões de animais, a grande parte concentrada ainda na Bahia ( 10,2 milhões) e no Maranhão (8,0 milhões). No Centro-Oeste e no Norte, o crescimento do rebanho foi de 0,27% e 1,43%, respectivamente. Enquanto isso, houve queda no Sudeste (-0,27%) e no Sul (-2,68%).