Portaria estipula normas para feiras e leilões de gado em Santa Catarina

Medidas visando o enfrentamento do novo coronavírus estabelece a realização dos remates virtuais durante a quarentena no estado

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O Diário Oficial de Santa Catarina (DOE-SC) publicou no dia 10 de abril a Portaria 242, que determina uma série de normas para a realização das feiras e leilões de bovinos no estado. Além de requisitos sanitários visando evitar a disseminação do novo coronavírus, a portaria assinada pelo secretário de Saúde, Helton de Souza Zeferino, estabelece a realização dos inéditos remates virtuais em território catarinense.

A liberação foi autorizada pelo Grupo Econômico de gestão de crise do estado em regime de exceção à suspensão de eventos, determinados em 23 de março pelo Decreto nº 525/2020. De acordo com o documento, a recomendação é que os organizadores promovam as feiras e leilões após o dia 23 de abril.


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A portaria considerou que a produção pecuária tem sido afetada nos últimos meses por uma condição de estiagem e que a comercialização de bovinos tem data estabelecida, com planejamento de acordo com a idade dos animais e época do ano.

Antônio Marcos Pagani de Souza, vice-presidente de finanças e coordenador dos programas de pecuária de leite e de corte da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), informa que, no ano passado, as feiras agropecuárias presenciais comercializaram cerca de 25 mil animais.

“O virtual é uma modalidade nova em Santa Catarina. Nossa expectativa nesse momento gira em torno da adesão dos produtores ao formato, em plena safra de bezerros. Esperamos que a partir de maio possamos recuperar os preços em relação aos anos anteriores”, afirma o dirigente em entrevista ao Portal DBO.

Transmitidos online através de redes sociais e sites na internet, os eventos podem ser promovidos com animais filmados nas fazendas ou nos parques de exposição, sem a presença de público nos recintos e com lotes em pista, facilitando a logística para que os compradores possam retirar as reses adquiridas.

“Houve grande mobilização por parte dos sindicatos, sociedades rurais e núcleos de criadores para a liberação dos negócios. Além de balizarem os preços, as feiras de outono envolvem pequenos e médios produtores, que possuem como principal fonte de renda a venda de terneiros. Em algumas regiões, estas feiras acontecem há mais de 40 anos”, revela o leiloeiro rural Candido Scholl, da Pampa Remates.

Dados da Faesc apontam que estão em campo aguardando comercialização bezerros com até oito meses de idade e 200 kg, em média, com predomínio de raças britânicas e continentais.

“Foi uma vitória, já que até então havia uma nota recomendatória da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola) dizendo que os eventos estariam suspensos por 90 dias, exatamente no período de desmama dos terneiros. Apesar de ser uma novidade, os pecuaristas já estão se movimentando para adequação ao novo formato eletrônico”, disse Newton Luiz Bedin, presidente do Sindicato Rural de Água Doce.

Newton ressaltou ainda a importância da visitação programada nas mangueiras por parte dos compradores no dia do pregão, apenas no período da manhã. O texto publicado no DOE determina a recepção dos animais com horário agendado por lote: no recebimento dos bovinos, só será permitida a presença do motorista do caminhão e de um proprietário ou responsável pelos animais, evitando assim as aglomerações.

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A utilização de máscaras é obrigatória. Ficou estabelecido ainda que as pessoas circulando no local façam a higienização das mãos com álcool em gel 70%, disponibilizado em pontos estratégicos; os trabalhadores vão intensificar a higienização, utilizando preferencialmente o lavatório e, posteriormente, álcool em gel. Cartazes informativos com orientações sobre precauções de contato, higiene das mãos e etiqueta respiratória devem ser afixados pelo recinto.

Atualmente, a quarentena em Santa Catarina determina que a abertura de centros comerciais, shoppings e galerias está proibida até 30 de abril, assim como o transporte coletivo e a permanência de pessoas em restaurantes e lanchonetes.

Já os eventos e reuniões de qualquer natureza, como aulas presenciais, cursos, missas e cultos, atividades como cinema, teatro, shows, casas noturnas e similares tiveram a proibição estendida pelo governador Carlos Moisés até 31 de maio.

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