Preço do boi gordo em São Paulo recua mais de R$ 40/@ após saída da China do mercado importador

Escalas de abate confortáveis e o baixo interesse pela aquisição de boiadas gordas colocam os pecuaristas brasileiros em situação alarmante, avaliam as consultorias do setor

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Nesta quarta-feira, 20 de outubro, o mercado do boi gordo seguiu a mesma tendência das últimas semanas – ou seja, poucos negócios são realizados nas praças pecuárias e, quando ocorrem, os pecuaristas acabam aceitando os reajustes de preços da arroba impostos pelos frigoríficos compradores.

Desta maneira, nas praças de São Paulo, importante referência para o restante das regiões de pecuária, o macho terminado registrou nova baixa nesta quarta-feira, repetindo o histórico verificado desde que a China surpreendeu a todos os agentes do mercado pecuário brasileiro ao insistir na continuidade do embargo às exportações brasileiras de carne bovina, acionado voluntariamente pelo governo federal do Brasil (conforme previsto no acordo bilateral) em 4 de setembro, após o registro de dois casos atípicos de vaca louca no País (em Minas Gerais e no Mato Grosso) .


Segundo dados levantados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, as escalas de abate evoluíram nesta quarta-feira, atendendo, em média, de 11 a 12 dias.

“Com o consumo doméstico fraco, a cotação do boi gordo caiu R$ 2/@ na comparação diária”, informa a Scot, referindo-se ao novo preço de referência para o animal de São Paulo, agora cotado em R$ 267/@ (preço bruto e a prazo) – uma desvalorização de mais de R$ 40/@ em relação aos valores registrados antes do rompimento do comércio com a China (em torno de R$ 310/@).

A IHS Markit também detectou, neste dia 20 de outubro, quedas nos preços do boi gordo em outras importantes praças do Sudeste e Centro-Oeste do País, “regiões mais afetadas pelo embargo chinês”, observa.

Na região Sul, os preços do boi gordo seguiram estáveis nesta quarta-feira. Os Estados sulistas possuem um rebanho menor e seus mercados consumidores no exterior continuam ativos nas compras, observa a IHS.

No entanto, o Sul do País segue registrando problemas logísticos (baixa oferta de contêineres), acrescenta a consultoria.

No Norte do País, diz a IHS, a procura por animais terminados segue fraca e as indústrias locais também estão diminuindo cada vez mais os abates.

Segundo a IHS, os poucos negócios computados nas praças pecuárias brasileiras envolvem carregamentos muito pequenos de boiadas gordas.

“Essa fraca procura por parte das indústrias deve-se ao atual descompasso entre oferta de carne e a demanda agregada pela proteína”, observam os analistas da IHS.

Do lado de dentro das porteiras, há um elevado volume de animais terminados em confinamentos, informa a consultoria.

“A chegada das chuvas em muitas regiões pecuárias prejudica o manejo nas fazendas, pois o animal pesado tem dificuldade de locomoção para se alimentar”, relata a IHS.

Paralelamente, continua a consultoria, os altos preços das rações pesam nos custos de produção de muitos pecuaristas, que seguem amargando sérios prejuízos, abalando, inclusive, o planejamento para a nova temporada.

“Embora os preços da reposição de gado (bezerros e novilhos) tenham recuado, os patamares ainda estão muito elevados”, informa a IHS.

No atacado, os preços dos cortes de traseiro e de dianteiro registraram novas quedas nesta quarta-feira, segundo informa a IHS.

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A atual onda de recuo nos preços domésticos da carne bovina é motivada principalmente pela entrada de mercadoria que seria enviada à China, associada à incapacidade dos consumidores brasileiros em absorver toda a oferta vigente.

Cotações máximas desta quarta-feira, 20 de outubro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 244/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 250/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 251/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 252/@ (à vista)
vaca a R$ 243/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca R$ 241/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 253/@ (prazo)
vaca a R$ 238/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 269/@ (à vista)
vaca a R$ 259/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 285@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 252/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 257/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 268/@ (à vista)
vaca a R$ 249/@ (à vista)

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