Preços do boi gordo balançam, mas não caem; arroba segue firme na maior parte das praças do País

Nesta quinta-feira, a consultoria IHS Markit identificou recuos nas cotações da arroba somente nas regiões do MT, onde o forte calor tem prejudicado o pasto, forçando os pecuaristas a desovarem os estoques de boiadas

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Com exceção das praças do Mato Grosso, as cotações dos animais terminados ficaram estáveis nesta quinta-feira (28/4) em todas as principais regiões do País, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Nas praças do interior de São Paulo, o macho terminado direcionado ao mercado interno segue valendo R$ 315/@, enquanto a vaca e a novilha são negociadas, respectivamente, a R$ 279/@ e R$ 312/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente, de acordo com os dados apurados pela Scot Consultoria.


A referência para bovinos cujo destino é exportação para a China (abatidos mais jovens, geralmente com idade abaixo dos 30 meses) se mantém em R$ 325/@ nas regiões paulistas, mas já foram fechados negócios a R$ 330/@, informa a Scot.

“Com parte das indústrias frigoríficas fora das compras de animais terminados durante a semana passada, houve um incremento de oferta nesta semana vigente”, relatam os analistas da Scot, referindo-se ao comportamento do mercado de São Paulo.

Assim, continua a consultoria, os frigoríficos aproveitaram a elevação de oferta de boiadas para completar as suas escalas de abate, porém ainda não conseguiram grande sucesso nas estratégias de redução dos preços da arroba.

Segundo informa a consultoria Agrifatto, na bolsa B3, os contratos futuros do boi gordo seguem em valorização.

Na quarta-feira (27/4), o vencimento para maio/22 sofreu uma variação diária de 1%, subindo para R$ 325,60/@.

Na avaliação dos analistas da IHS Markit, a quinta-feira seguiu na mesma toada dos dias anteriores, ou seja, o volume de negócios observados nas regiões brasileiras permaneceu fraco e praticamente sem variações de preço entre as praças pecuárias.

“Neste momento de virada do mês, indústrias e pecuaristas se ausentam do mercado físico, criando um quadro de estabilidade nas cotações da arroba”, ressalta a IHS.

Segundo a consultoria, de maneira geral, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros estão, aparentemente, mais curtas em relação às programações registradas nas duas primeiras semanas do mês.

No entanto, diz a IHS, os volumes de animais disponíveis para operação das indústrias brasileiras seguem em sintonia com a demanda, e razoavelmente confortáveis.

“O fato é que os frigoríficos continuam cadenciando o fluxo de suas aquisições de boiada, visando manter a produção alinhada ao consumo vigente, com intuito de evitar a formação de estoques e, consequentemente, a pressão baixista nos preços do atacado”, relatam os analistas da IHS.

Por sua vez, do lado de dentro das porteiras, os pecuaristas aguardam por algum repique nos preços da arroba, de olho na virada de mês e na comemoração dos Dias das Mães, quando teoricamente a demanda interna pela carne bovina tende a subir (tanto pela entrada dos salários nas contas dos trabalhadores quanto pela data comemorativa – onde há festa, há churrasco de carne vermelha na mesa dos brasileiros).

No levantamento realizado pela IHS Markit, as regiões de São Paulo seguem com oferta reduzida de animais terminados, o que contribui para a estabilização dos preços.

A morosidade nos negócios no mercado paulista também é explicada pelo fraco apetite das indústrias exportadoras de carne bovina, que ainda atuam com cautela diante das recentes suspensões de importações chinesas de algumas unidades brasileiras.

Porém, nas praças do Mato Grosso, o mercado do boi gordo segue sob viés baixista, informa a IHS Markit.

Nesta quinta-feira, a consultoria registrou novas quedas nos preços da arroba de machos e fêmeas gordos em todas as praças do Estado.

“O mercado mato-grossense segue bem ofertado diante da atual onda de calor”, relata a IHS. Em algumas praças do Mato Grosso, há registros de mais de 20 dias sem chuvas.

“A perda de volume de massa verde nas pastagens e o início da campanha de vacinação pressionam a liquidação de animais nas propriedades pecuárias do Estado”, enfatizam os analistas.

Ao mesmo tempo, as indústrias no Mato Grosso também continuam atuando de maneira ponderada, com aquisições esparsas de lotes pequenos.

A IHS observa ainda que regiões situadas no Norte e Nordeste do País ainda recebem volumes regulares de chuvas, mantendo a qualidade das pastagens, o que faz os produtores atuarem também com cautela, aguardando os melhores momentos para realização de novos negócios.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta quinta-feira, 28 de abril
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 327/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 275/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 282/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 275/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 285/@ (à vista)

vaca a R$ 275/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 253/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

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