Queda de braço entre pecuaristas e frigoríficos trava negociações no mercado do boi gordo

Indústrias frigoríficas tentam, sem sucesso, forçar queda nos preços da arroba, enquanto os pecuaristas seguram os seus lotes à espera de um período mais crítico de oferta nesta entressafra

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As escalas de abate das indústrias frigoríficas de São Paulo ficaram mais longas esta semana, atendendo, em média, 13 dias, informa nesta sexta-feira (8/7) a Scot Consultoria.

Dessa maneira, a maior parte das indústrias paulistas estiveram fora do mercado neste último dia da semana, o que resultou em estabilidade nas cotações do boi gordo e demais categorias prontas para abater, acrescenta a Scot.


Com isso, pelos dados apurados pela consultoria de Bebedouro, SP, o preço do macho gordo negociado no interior de São Paulo (e direcionado ao consumo interno) segue valendo R$ 317/@, enquanto as cotações da vaca e da novilha valem, respectivamente, R$ 284/@ e R$ 304/@, (valores brutos e a prazo).

Bovinos com padrão para atender o mercado chinês (abatidos mais jovens, com até quatro dentes) estão sendo negociados em R$ 325/@ no mercado paulista, mas negócios abaixo dessa referência já foram vistos, relata a Scot.

Segundo levantamento realizado pela equipe de analistas da IHS Markit, em âmbito nacional, as programações de abate dos frigoríficos brasileiros já avançam até o final da próxima semana e, com isso, algumas indústrias arriscam testar patamares inferiores para os preços da arroba do boi gordo.

Nesta sexta-feira, diz a IHS, repetiu-se o cabo de guerra entre indústrias e pecuaristas registrado desde o início desta semana. “A disputa de referenciais nos preços permanece ativa, com indústrias ofertando cotações abaixo dos patamares vigentes, e os pecuaristas aguardando uma retomada mais ativas às compras por parte dos frigoríficos, o que pode condicionar novo avanço nos preços”, relata a IHS.

Em razão dos movimentos de alta nos preços do boi gordo verificado nas últimas semanas, as indústrias garantiram oferta de animais que atendem minimamente entre 7 a 10 dias, fomentando um alongamento das escalas de abate, reforça a consultoria.

Com isso, continua a IHS, as indústrias optam por movimentos mais contidos nas compras de boiadas gordas, de modo a evitar novos repiques de altas, já que a sazonalidade do período a partir da segunda metade do mês é de consumo mais ameno, o que pode desequilibrar as margens e as programações de produção.

Assim, o ambiente de estabilidade de preços deve permanecer ao longo da próxima semana, prevê a IHS. “Não se observa, no curtíssimo prazo, fundamentos que possam consolidar recuos significativos ou a efetivação de negócios em pisos inferiores aos observados”, avaliam os analistas.

Giro nas praças – Na região Centro-Sul, há um recuo significativo de disponibilidade de animais para abate.

Por sua vez, no Norte e Nordeste, apesar da oferta ainda ser positiva, os movimentos de alta nos preços das últimas semanas condicionaram maior liquidez, reduzindo parcialmente deste volume disponível, informa a IHS.

“A entressafra do boi avança e deve ocorrer uma escassez maior de oferta de animais gordos a partir da última semana de julho, avançado para agosto e setembro”, projeta a consultoria.

Acredita-se em evolução da demanda pela carne bovina brasileira, tanto externa quanto doméstica, o que pode ocasionar choques de preços positivos ao longo do segundo semestre, observam os analistas.

Na avaliação da IHS, o peso das exportações será o principal vetor para a dinâmica do mercado nesta segunda metade do ano.

VEJA TAMBÉM | Nos últimos 20 anos, exportações de carne bovina ‘bombaram’ no 2º semestre

Além do ritmo crescente dos embarques ao mercado externo, dizem os analistas, o consumo doméstico de carne bovina deve ganhar maior participação ao longo dos próximos meses, influenciado pelo ambiente de recuperação da economia brasileira, somado aos programas de distribuição de renda do governo (Auxílio Brasil, entre outros).

“Assim, espera-se que uma guinada positiva do consumo doméstico, apesar de ainda em papel coadjuvante, abrindo maior sustentação nos preços do boi gordo”, reforça a IHS.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta sexta-feira, 8 de julho
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 325/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 276/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 277/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 295/@ (à vista)
vaca a R$ 277/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca R$ 285/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 310/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 330/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 292/@ (prazo)
vaca a R$ 282/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 287/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)

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