Antes utilizados apenas em embalo secundário e terciário, como na paletização, os robôs agora começaram a figurar nas primeiras etapas de industrialização da carne bovina (e de outras proteínas animais, como o frango), ficando em contato direto com os alimentos.
É o que revela um artigo do vice-presidente de desenvolvimento de mercado da Associação para Tecnologias de Embalagem e Processamento dos Estados Unidos (PMMI, sigla em inglês), Jorge Izquierdo, publicado nesta quarta-feira no site CarneTecBrasil (www.carnet.com.br).
Na fase de processamento industrial, as máquinas robóticas são capazes de analisar cortes de carne de maneira bastante complexa. Sensores e tecnologias sofisticadas de raio X conseguem detectar o tamanho específico do corte, determinar onde os ossos se encontram e fatiar adequadamente os produtos cárneos.
Esse sistema tecnológico, diz o artigo, é capaz de acelerar todo o processo de abate dos bovinos e o seu processamento industrial, garantindo uma maior precisão em relação ao trabalho humano, que às vezes pode cometer alguns erros, inclusive no posicionamento adequado da carne para a realização dos cortes.
No geral, uma análise e manejo precisos da carne diminuem a quantidade de produtos inconsistentes, danificados ou inutilizados, destaca o artigo.
Além de preparar o produto cárneo, a inteligência artificial dos robôs pode ajudar a máquina a determinar, sem que haja diminuição da velocidade da produção, a detecção de um objeto estranho ou um produto que não se adeque aos padrões. Assim, o robô pode descartar o produto indesejado rapidamente e manter a linha em movimento, sem originar intervalos.
Esse processo confere uma diferença significativa em equipamentos automatizados, que podem entender que há um erro na suspensão da produção como resultado, porém sem a capacidade de reação para solucionar um problema como os robôs conseguem.