Nesta segunda-feira, 1º de junho, os preços do boi gordo se mantiveram estáveis e firmes na maior parte das praças, de acordo com levantamento realizado pela Informa Economics FNP. Os frigoríficos brasileiros continuam tendo dificuldade para encontrar boiada pronta para abate, o que ajuda a manter a arroba em níveis elevados, acima de R$ 200 em São Paulo, embora a demanda interna por carne bovina continue patinando.
No atacado, segundo a FNP, os preços da carne bovina seguem estáveis. “As vendas no último final de semana se mostraram lentas e ainda irregulares, com registro de sobras de produtos em alguns entrepostos”, observa a consultoria.
No entanto, prevê a FNP, é possível que neste início de mês o escoamento de cortes bovinos apresente um relativo avanço – especialmente dos cortes considerados menos nobres -, em decorrência da entrada de massa salarial.
Do lado dos pecuaristas, mesmo com a perda de qualidade da pastagem, a oferta de boiada gorda segue baixa. Na avaliação da FNP, mesmo quando ocorrer a tradicional desova de animais de final de safra, essa situação não deve colocar grande pressão nos preços do gado, já que não existe, atualmente, uma quantidade de rebanho pronto capaz de gerar um excedente de oferta no País.
“Além disso, nas praças do Centro-Sul, o custo alto do milho tem gerado forte preocupação acerca dos confinamentos e da quantidade de boiada disponível nos próximos meses, o que também deve sustentar as cotações”, prevê a consultoria.
Giro pelas praças
Em algumas praças do Mato Grosso, a arroba se desvalorizou nesta segunda-feira, segundo dados da FNP. No domingo, foi o último dia de vacinação contra febre aftosa no Estado, gerando uma expectativa de crescimento nas ofertas de boiada gorda após este período, justifica a consultoria.
Em São Paulo, as cotações da boiada gorda seguem firmes, com destaque para os prêmios oferecidos nos animais jovens, que atendem os requisitos de exportação. Além disso, o início da reabertura de algumas atividades (flexibilização do período da quarentena) ao longo das próximas semanas deve melhorar o consumo de carne bovina, dando suporte para as cotações do gado gordo.
No Tocantins, ainda avaliando as vendas durante o final de semana, muitas indústrias se mantiveram fora das compras. Poucos negócios foram realizados e as cotações registradas são nominais.
No Pará, preços também lateralizados. No Estado, a maior parte dos frigoríficos pesquisados preenche programações ainda para esta semana e houve registro de plantas que reduziram os abates de animais, com receio de uma diminuição nas exportações.
Confira as cotações desta segunda-feira, 1º de junho, de acordo com a FNP:
SP-Noroeste: R$ 205/@ a (prazo)
MS-Dourados: R$ 181/@ (à vista)
MS-C. Grande: R$ 182/@ (prazo)
MS-Três Lagoas: R$ 181/@ (prazo)
MT-Cáceres: R$ 175/@ (prazo)
MT-Tangará: R$ 176/@ (prazo)
MT-B. Garças: R$ 174/@ (prazo)
MT-Cuiabá: R$ 172/@ (à vista)
MT-Colíder: R$ 169/@ (à vista)
GO-Goiânia: R$ 185/@ (prazo)
GO-Sul: R$ 184/@ (prazo)
PR-Maringá: R$ 180/@ (à vista)
MG-Triângulo: R$ 194/@ (prazo)
MG-B.H.: R$ 187/@ (prazo)
BA-F. Santana: R$ 189/@ (à vista)
RS-P.Alegre: R$ 188/@ (à vista)
RS-Fronteira: R$ 186/@ (à vista)
PA-Marabá: R$ 190/@ (prazo)
PA-Redenção: R$ 187/@ (prazo)
PA-Paragominas: R$ 192/@ (prazo)
TO-Araguaína: R$ 184/@ (prazo)
TO-Gurupi: R$ 183/@ (à vista)
RO-Cacoal: R$ 177/@ (à vista)
RJ-Campos: R$ 180/@ (prazo)
MA-Açailândia: R$ 180/@ (à vista)