O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, participou de reunião com a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) na última terça-feira, 18 de junho. Na ocasião, Moro ressaltou a importância do setor e afirmou que “o governo tem o dever de adotar políticas públicas que protejam o setor e promovam o incremento da produtividade no campo”.
Entre os temas discutidos na reunião, a FPA destacou a o porte de armas, defendido pelo setor, a demarcação de terras indígenas e o contrabando de tabaco no país. Segundo Sérgio Moro, mais de 40% do mercado brasileiro seria dominado pelo cigarro contrabandeado paraguaio. “É uma questão de saúde pública. Cigarro faz mal em qualquer circunstância, mas esses contrabandeados são piores ainda porque não têm controle fitossanitário”, disse.
Em relação à demarcação de terras indígenas, Moro defendeu a posição do governo que, nesta quarta-feira, 19 de junho, voltou a editar Medida Provisória passando a competência para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Não sou especialista em questões indígenas, mas minha avaliação é no sentido de encontrar maneiras de desenvolvimento para essas populações para que saiam do estado de pobreza em que se encontram”, defendeu o ministro.
Moro reconheceu ainda a dificuldade de garantir a segurança no campo, em linha com a defesa do porte de armas em áreas rurais realizada pelo vice-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR). “É difícil colocar a polícia de maneira ostensiva no ambiente rural. A melhor solução me parece ser a atividade investigatória. Quem realiza esse tipo de roubo é grupo organizado que precisa ter receptador para vender as mercadorias, precisa conhecer o negócio”, observou Sérgio Moro.