A suspensão temporária das exportações de carne suína e bovina do Canadá para a China – iniciada no final de junho passado – resultou em perdas de US$ 100 milhões para produtores canadenses, segundo informações do Canadian Meat Council (CMC) divulgadas na quinta-feira, 5 de setembro.
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Em comunicado, o CMC apelou por apoio do governo. “Produtores e exportadores canadenses de carne de porco e bovina foram pacientes e apoiaram os esforços do governo para encontrar uma solução para o problema. No entanto, o Canadá é vítima, não culpado”, disse o Conselho, acrescentando que o imbróglio está mais relacionado com “questões políticas”.
A China iniciou investigação contra os exportadores do Canadá depois que as inspeções sanitárias encontraram resíduos de um aditivo para ração (ractopamina) na carne suína canadense – substância não aceita pelo país asiático. Além disso, essa mesma investigação revelou a existência de 188 certificados de saúde veterinária “falsificados”.
A Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA) vem trabalhando com o governo chinês para tentar a resolver o problema. A Agência declarou recentemente que está focada no trabalho junto ao governo da China para garantir a integridade do sistema de inspeção de alimentos canadense e retomar as exportações ao país.