Sustentabilidade, um legado para as próximas gerações. Por Ariel Maffi

Ariel Maffi, vice-presidente da área de Ruminantes da DSM no Brasil, fala da intensificação da pecuária e da importância dos sistemas de produção para saltos tecnológicos

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Surgido nos anos 1970, o termo “sustentabilidade” passou a representar toda atividade que fosse considerada economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta. Desde então, a adoção do ideal econômico, social e ambiental foi incorporado pelo agronegócio brasileiro, que compete diretamente com grandes players internacionais. Tais mercados reconhecem a sustentabilidade como uma chave de sucesso ao novo modo de produzir no setor, com uma série de barreiras sanitárias e comerciais. No campo, a maioria dos grandes e pequenos produtores adotam boas práticas de manejo das fazendas, com a consciência de que o futuro da agricultura e da pecuária está vinculado à preservação dos recursos naturais, de forma equilibrada com a atividade econômica/produtiva.

Na pecuária de corte e leite, a adesão à sustentabilidade tem como aliada as novas tecnologias, que desenvolvem ferramentas para impulsionar a produtividade no campo por meio de melhor aproveitamento dos recursos naturais. Nas fazendas brasileiras, embora haja muito espaço ainda para a tecnologia, os produtores já buscam os melhores índices zootécnicos do rebanho, produtividade, rentabilidade, ao mesmo tempo que respeitam o meio ambiente. A intensificação da pecuária tem sido um processo que melhora o resultado da propriedade, com um efeito imediato de “poupa-terra”, ao permitir se produzir mais arroba por hectare e liberar espaço (terra) para outras aplicações, como agricultura ou mesmo preservação.


A intensificação da pecuária tem sido um processo que melhora o resultado da propriedade, com um efeito imediato de “poupa-terra”

Mas sabemos ainda há muito a ser feito. Em termos de produtividade, o Brasil ainda tem baixos índices quando comparado com outros competidores do mercado global, a exemplo dos Estados Unidos. Quem conhece o setor de perto sabe que, com a aplicação de tecnologias economicamente viáveis (tecnologias que se pagam!), é possível aumentar significativamente a produção sem ampliar a área, com reflexo sistêmico em termos de sustentabilidade.

Com recuperação de pastagens e fornecimento de suplementação para os bovinos em sistemas de produção a pasto, aliada à expansão de sistemas mais intensivos, como semiconfinamento e confinamento, é possível produzir muito mais e com mais qualidade, melhorar a rentabilidade individual dos produtores e gerar divisas para o País. Adicionalmente às tecnologias de nutrição animal, há também atualmente avanços no ambiente digital que também auxiliam os produtores. Somadas, essas tecnologias ajudam a reduzir erros e eventuais perdas, como a dosagem de insumos e o desperdício de água, por exemplo.

Em outras palavras. Com investimentos relativamente baixos em manejo e tecnologias economicamente viáveis, ninguém segura o Brasil.

Com melhores índices zootécnicos e atendimento às exigências do mercado doméstico e internacional, a rentabilidade é uma consequência natural da fazenda e do setor. A pecuária e o agronegócio ganham força e a sustentabilidade, nesse ambiente, torna-se cada vez mais um impulsionador de negócios e indicador de competitividade, suprimindo as necessidades da geração atual sem comprometer o atendimento às futuras gerações. E para chegar a esse patamar, há vários caminhos.

Além dos esforços que já vêm sendo feitos no campo em torno de ampliar o uso de tecnologias, há também as políticas públicas, como o Código Florestal brasileiro, que determina que o proprietário de terra reserve parte da área para floresta. Contudo, apesar das regulações que os empresários do campo têm de se adequar, é cada vez maior a adesão de pecuaristas que optam, por exemplo à técnica da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), que busca a consonância do sistema agrícola e florestal, com benefício de recuperação de nutrientes para o solo e até mesmo sombra para o rebanho bovino.

Questões como essas reforçam o debate de que a sustentabilidade é um caminho a ser perseguido. Por fim, vale ressaltar que a sensação de que “tudo passa pelo agro” é pertinente. Sem delongas, é possível afirmar que o agronegócio é uma das principais atividades econômicas do país. No atual cenário de pandemia da Covid-19, em que vários setores têm sido impactados pela queda no consumo das famílias, o agro e a pecuária mostraram-se resilientes na missão essencial de alimentar a população com proteína de alta qualidade. Além de deixar para as próximas gerações o legado de uma pecuária forte, também é possível deixar como legado o respeito às pessoas e o cuidado com os recursos naturais.

 Ariel Maffi, vice-presidente da área de Ruminantes da DSM no Brasil

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