“Tarifa não é a melhor saída para o conflito EUA-China”

Segundo analista Gregory Bloom, tarifas levam consumidores a buscarem outros fornecedores

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Todos que acompanham de perto a guerra comercial EUA-China parecem não saber exatamente como (e quando) será resolvido esse enorme impasse entre as duas potências mundiais. É o caso do experiente analista norte-americano Gregory Bloom, que publicou nesta quinta-feira artigo no portal australiano Beef Central que se encerra com a seguinte frase: “O que você acha que deveria ser feito sobre a atual guerra comercial com a China?”.

Gregory tem larga experiência no setor de carne bovina, com mais de 20 anos trabalhando para indústrias do setor, além de atuar na área de vendas da proteína animal – inclusive coordenando negócios com carne na China. Também morou na região Leste da Ásia por dois anos, ou seja, esteve envolvido diretamente com a população local, conhecendo de perto o comportamento para negócios e hábitos culturais dos que vivem no continente asiático.


Gregory diz, no artigo, que concorda com “a maioria”, de que “algo deve ser feito em relação às práticas comerciais abusivas da China”. No entanto, o analista sugere que o plano atual orquestrado pelo presidente Donald Trump não é a melhor estratégia para alcançar sucesso nas negociações.

A prática atual da política dos EUA tem sido usar as tarifas como ferramenta principal nas negociações, escreve o analista. No entanto, continua Gregory, impor tarifas como principal arma comercial carrega consequências indesejáveis. “Quando você ameaça o suprimento de alimentos de uma região, em vez de passar fome ou pagar mais pela comida, os consumidores procuram fornecedores alternativos – isso certamente já ocorreu após os conflitos comerciais gerados com o México e com a China”, observa Gregory, acrescentando: “Tive conversas cara a cara com clientes (importadores) que dizem: ‘Não tem problema, podemos procurar isso (alimentos) em outras partes do mundo'”.

Ainda segundo o analista, os que mais sofrem com a imposição de tarifas são justamente aqueles que estão realmente produzindo os alimentos. “Os distribuidores, importadores, exportadores, processadores e até consumidores finais podem sofrer um impacto, mas os maiores perdedores são os agricultores e pecuaristas”, observa.

Na avaliação de Gregory, vai levar algum tempo para baixar a poeira em relação ao atual conflito EUA-China e, “infelizmente, pode levar ainda mais tempo para que o setor agrícola norte-americano recupere a sua parcela perdida no mercado”. “Existe ajuda financeira a caminho dos agricultores, mas eles não querem subsídios, querem acesso aos mercados”, esclarece.

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