Tereza Cristina: ambientalistas da UE já pressionam Brasil há muitos anos

"O Brasil enfrenta ataques porque é mais vulnerável que os EUA, que têm economia mais forte", argumentou a ministra

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Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil.

O Brasil já enfrenta questionamentos da França com relação ao meio ambiente há muitos anos, disse a ministra da Agricultura Tereza Cristina, em entrevista à rádio CBN na manhã desta quarta-feira, 3 de junho. “A França é muito protecionista, principalmente com agricultura. As críticas já eram esperadas pelos dois lados do acordo Mercosul e União Europeia (UE)”, afirmou a ministra.

Tereza Cristina defendeu informações unificadas sobre as questões ambientais e afirmou que o Brasil já enfrenta pressão de ambientalistas da UE. “Quando temos dados divergentes sobre meio ambiente, acabamos favorecendo concorrentes. O Brasil enfrenta ataques porque é mais vulnerável que os EUA, que têm economia mais forte”, argumentou a ministra.


A ministra da Agricultura não confirmou o dado divulgado nesta semana de que o desmatamento na Amazônia aumentou 60% em junho, em comparação com o mesmo mês do ano passado. A informação foi divulgada na terça-feira pela CNN, que teve acesso a dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo a matéria da CNN, ambientalistas afirmam que o número é reflexo da política ambientalista do governo do presidente Jair Bolsonaro. Ainda sobre as questões ambientais, a ministra citou o dispositivo de precaução, previsto no acordo como uma garantia para o governo brasileiro.

Segundo ela, o dispositivo é restrito à discussão de base científica. “Não vão poder falar que estamos desmatando a Amazônia ou acabando com áreas indígenas sem provas. As acusações precisarão de provas científicas”, explicou.

Tereza Cristina estima que, no máximo, em até dois anos o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE) deve ser aprovado por todas as partes. “Ainda há ajustes a serem feitos, mas já caminhamos muito. Agora, o acordo precisa ser aprovado pelos quatro países do Mercosul e pelos parlamentos de 27 países da UE”, disse a ministra da Agricultura Tereza Cristina à rádio CBN.

Quanto à aprovação do texto do acordo pelo Congresso brasileiro, Tereza Cristina defendeu que o governo tem de discutir com o Legislativo qual é o melhor momento para votação do documento. “A aprovação é mais complicada para a UE, que precisa de consenso entre os 27 países do bloco”, observou Tereza Cristina.

Outros pactos

O acordo “histórico” entre Mercosul e UE permitirá ao bloco avançar em outros pactos comerciais de interesse, na análise da ministra da Agricultura, Tereza Cristina. “Temos 4 acordos em vista que podem ser fechados nos próximos anos: acordo com Efta (Associação Europeia de Livre Comércio), Canadá, Coreia do Sul e Cingapura”, afirmou a ministra em entrevista à rádio CBN nesta quarta-feira.

Segundo a ministra, o Mercosul ganhou muito com o fechamento do acordo com o bloco europeu. “Ainda há pontos a serem ajustados, mas já avançamos muito. Com desagravos e cotas, chegaremos em alguns anos em um livre comércio total”, projetou Tereza Cristina.

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