Viés de baixa do boi persiste na primeira semana de dezembro

IHS Markit e Scot Consultoria relatam que diante da dificuldade em escoar a carne bovina e das incertezas em relação à demanda, as indústrias forçam, com sucesso, a queda da arroba

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Nesta primeira semana de dezembro, o mercado brasileiro do boi gordo deu continuidade aos movimentos de baixa verificado na etapa final de novembro, relata a IHS Markit. Foi verificado uma menor liquidez de negócios com boiadas ao longo desta semana, refletindo a oferta restrita de animais terminados e, sobretudo, a posição de cautela adotada pelas industrias frigorificas.

“A ponta compradora continuou a limitar o fluxo de suas aquisições e operar com a capacidade de abate reduzida, uma vez que o mercado atacadista da carne bovina ainda parece um pouco indefinido”, informa a IHS.


Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, nesta sexta-feira (4/12), os compradores abriram o dia ofertando
menos pela arroba, afastando os vendedores. “O cenário é reflexo do alongamento da escala de abate que está, em média, em cinco dias, permitindo a oferta de preços menores”, informa a consultoria. Em São Paulo, o boi gordo fechou a semana apregoado em R$270/@, preço bruto e à vista, de acordo com a Scot (veja ao final deste texto as cotações desta sexta-feira de machos e fêmeas nas principais praças pecuárias do País).

Em relação ao comportamento futuro da exportação da proteína vermelha, o clima também é de certa incerteza. As indústrias exportadoras brasileiras alegam que a China já vem regulando o fluxo de novos negócios e isso acendeu um sinal de alerta dos vendedores, observa a IHS Markit, acrescentando que, tradicionalmente, o país asiático costuma tirar o pé das compras internacionais de proteína no período que antecede o ano novo chinês. As quedas no dólar frente ao real também devem gerar espaço para renegociação de contratos com os importadores, observa a IHS.

No entanto, pelo menos por enquanto, os números dos embarques de carne bovina altamente positivos. Em novembro passado, o Brasil exportou 167,7 mil toneladas de carne bovina in natura, um crescimento de 7,8% sobre o resultado de igual período do ano passado, segundo dados preliminares da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

No acumulado de janeiro a novembro de 2020, foi embarcado o volume recorde de 1,58 milhão de toneladas, 11,3% superior ao mesmo período de 2019. Em termos de receita, os números também foram recordes no acumulado do ano, totalizando US$ 6,8 bilhões, 17,3% superior ao montante obtido no mesmo período de 2019.

Escalas de abate avançam

Nos últimos dias, as indústrias, sobretudo os de maior porte, conseguiram definir bem a programação de abate para a primeira quinzena de dezembro, ao conciliar ofertas oriundas de confinamentos próprios e negócios envolvendo boiada adquirida por contratos a termo, relata a IHS Markit.

Pelo lado da oferta, em algumas praças específicas, especialmente do Centro-Oeste, foi observado um aumento nas disponibilidades de venda de gado gordo, provavelmente vindo de pecuaristas que estavam retendo animais para exatamente comercializar nestas últimas semanas do ano, destaca a IHS.

“Os elevados gastos com ração não permitem reter por muito tempo os lotes nos cochos, o que também colaborou para uma maior liquidez de negócios”, justifica a consultoria.

No atacado, as vendas de carne bovina ainda não apresentaram um fluxo mais consistente, a ponto de fomentar uma atuação mais ativa das indústrias nas compras de gado pronto para abate. A maior concorrência frente outras proteínas ganharam força nos últimos dias e os preços da carne bovina, em consequência, cederam fortemente.

Houve relatos de grandes industrias frigorificas oferecendo cortes bovinos a preços mais baixos, com o objetivo de garantir o fluxo regular de escoamento, destaca a IHS Markit.

Ainda segundo a consultoria, a velocidade das altas nos preços dos principais cortes bovinos em novembro passado chegou a inibir o consumo doméstico da proteína e forçar a migração dos consumidores para os produtos concorrentes (frango e suínos, principalmente).

Confira as cotações desta sexta-feira, 4 de dezembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 278/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@  (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 257@ (prazo)
vaca a R$ 246@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 256@ (prazo)
vaca a R$ 245/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 257/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 256/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 253/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca R$ 249/@  (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 248/@  (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 271@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 2631/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 263/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 265@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 264/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 253@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 246 (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 269/@ (prazo)
vaca a R$ 258/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

 

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